Encerrando-se o primeiro mês de 2020 segue ainda indefinida a situação dos vendedores ambulantes que comercializam seus produtos nas ruas centrais de Caxias do Sul. A fim de regularizar a atividade dos ambulantes, a prefeitura investiu, com apoio do setor privado, na compra de 100 barracas para emprestar aos comerciantes cadastrados no programa. A maior parte do custo ficou com o setor privado, com a aquisição de 70 das 100 barracas. As outras 30 foram compradas pelo poder público ao custo de R$ 493 cada, o que totaliza R$ 14.790.
A aquisição ocorreu ainda em novembro porque a intenção da prefeitura era distribuir os vendedores em três pontos já definidos anteriormente, ainda para o Natal. No entanto, as estruturas ainda não foram entregues pela empresa que as fabrica. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Caxias, Elvio Gianni, a empresa alega estar sem matéria prima, e prometeu confirmar um novo prazo de entrega nesta sexta-feira (28).
Para Gianni, assim que forem entregues as barracas será possível colocar em prática todo o programa da prefeitura, que prevê regularizar a atividade dos ambulantes e também amenizar o descontentamento dos lojistas da área central. E futuramente, a intenção é de criação de um centro comercial para acolher os ambulantes.
—Nós (prefeitura) somos os maiores interessados, não fosse o atraso na entrega das barracas, esse pessoal já estaria trabalhando em um local mais digno, com proteção da chuva e não em frente às lojas.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Caxias), Renato Corso confirma que essa é uma promessa feita pelo prefeito Adiló Didomenico no ano passado.
—Demos um voto de confiança, mas temos o compromisso da prefeitura, que essa utilização de barracas é para durar um ano apenas. Após esse prazo os vendedores devem ter seu local próprio, como hoje funciona o Camelódromo.
O setor de Comércio e Serviços emprega hoje, em Caxias do Sul, 52% da população, mas a preocupação da CDL com a atuação dos ambulantes não se limita só a concorrência com o comércio tradicional. A presença dos vendedores nas calçadas, alega Corso, tem atrapalhado, inclusive, a entrada de ambulâncias no estacionamento do Hospital Pompéia.
—Tem a questão do pedestre, do deficiente visual, de todos que circulam nas calçadas e precisam concorrer com um espaço onde hoje é usado para o comércio irregular — salienta Corso.
Saiba mais
Confira os três pontos fixos onde os ambulantes poderão comercializar seus produtos:
:: Rua Dr. Montaury, entre a Avenida Júlio de Castilhos e a Rua Pinheiro Machado.
:: Rua Marechal Floriano, também entre a Júlio e a Pinheiro.
:: Rua Marechal Floriano, entre a Júlio e a Sinimbu.