A Randon S.A Implementos e Participações (Empresas Randon) inicia 2019 com boas perspectivas. Após um desafiador 2018, a companhia encerra o primeiro trimestre registrado crescimento no faturamento em todas as divisões (montadoras, autopeças e serviços financeiros). O balanço financeiro do período entre janeiro e março foi divulgado nesta quinta-feira (9).
De janeiro a março deste ano, a receita bruta do grupo chegou a R$ 1,6 bilhão, crescimento de 25,9% frente a igual período de 2018. Já a receita líquida atingiu R$ 1,1 bilhão, alta de 23%. Ao final do primeiro trimestre de 2019, a Randon registrou lucro líquido de R$ 31,6 milhões, uma queda de 26,7%.
- A tônica deste novo momento é a confiança de que teremos um ciclo positivo, mas com desafios para controlar a inflação de materiais e conduzir bem os processos de integração das novas controladas. Também estamos atentos ao crescimento econômico brasileiro, fator fundamental para a estabilização da demanda - observa Paulo Prignolato, diretor financeiro das Empresas Randon.
Confira outros destaques do balanço:
Montadoras – Embora historicamente o primeiro trimestre do ano seja o mais fraco em termos de volumes, este foi o melhor primeiro trimestre da história em volumes de mercado. Do total de 13.949 emplacamentos no mercado brasileiro (60,9% maior do que no primeiro trimestre de 2018), 4.413 foram produtos Randon, o que representou uma participação de mercado de 31,6%. A companhia está conduzindo uma série de iniciativas e investimentos para elevar sua produção em 30% até meados do ano para fazer frente à demanda aquecida.
Vagões ferroviários - Foram vendidos 86 vagões ferroviários no trimestre, contra 355 unidades no mesmo período do ano anterior (-75,8%). O mercado de vagões ferroviários deve permanecer pressionado neste ano, mas há sinais positivos como o recente leilão do trecho da ferrovia norte–sul, além de avanços nas discussões para renovação das concessões ferroviárias.
Autopeças - O crescimento nas vendas de caminhões no mercado brasileiro está sustentando os volumes de produção das OEMs. As exportações, por outro lado, apresentaram queda mais acentuada de -65,6%, muito por conta do fraco desempenho da Argentina, principal destino das vendas de caminhões brasileiros ao mercado externo. A demanda das OEMs por autopeças permaneceu aquecida, principalmente nos segmentos de caminhões pesados e semipesados, beneficiando diretamente os volumes das empresas dessa divisão e que estão mais ligadas a estes produtos. Já no mercado de reposição, o cenário no início de 2019 foi mais desafiador que o esperado. Para a Fras-le, que tem grande exposição a esse setor, o ambiente competitivo se mostrou bastante acirrado.
Mercado externo - As vendas consolidadas para o mercado externo somaram US$ 40,4 milhões no primeiro trimestre de 2019, 9,8% acima do 1T19. As exportações das Empresas Randon representaram 13,5% da receita líquida consolidada entre janeiro e março de 2019, contra 13,4%, no mesmo período de 2018. Neste trimestre, a receita de exportação proveniente de semirreboques apresentou crescimento de 40,5% no comparativo com a temporada anterior. O Chile permanece sendo o principal destino de implementos, seguido por Paraguai e Cuba. No mercado africano, o cenário é positivo embora os volumes ainda sejam baixos. No primeiro trimestre deste ano ainda foram exportados 49 equipamentos para Gana e Costa do Marfim, países com liquidez e boas perspectivas de negócios. Com a redução das exportações para o mercado argentino, o NAFTA (bloco composto por Estados Unidos, México e Canadá) passou a ser a região mais relevante para a companhia, representando 40,0% das exportações consolidadas. O total entre a soma das exportações e das receitas geradas no exterior (com eliminações) foi de US$ 68,6 milhões no primeiro trimestre.