As mudanças no programa Minha Casa Minha Vida do governo federal vão movimentar a economia de Caxias do Sul, de acordo com Fernando Gonçalves dos Reis, presidente da Associação das Imobiliárias de Caxias do Sul (Assimob). A ampliação do financiamento para quem ganha de até R$ 9 mil por mês deve atingir parcela de caxienses com renda compatível. As informações são da Gaúcha Serra.
– Temos uma faixa grande da população que se enquadra por conta da indústria. São supervisores, engenheiros, técnicos, gerentes e cargos de nível superior com poder de consumo para imóveis deste padrão, que temos boa disponibilidade – aponta Fernando.
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A estimativa da Assimob é de que esta nova modalidade do programa possa aumentar o volume de contratações em no mínimo 10%. O valor do teto dos imóveis por recorte territorial e localidade enquadrada no programa nas operações do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) também vai aumentar. A superintendência habitacional da Caixa na cidade ainda aguarda a publicação dos valores no Diário Oficial, mas a expectativa do setor imobiliário é de que os financiamentos sejam para imóveis de cerca de R$ 250 mil para quem ganha até R$ 9 mil.
As mudanças estão previstas para entrar em ação imediatamente, de acordo com a Resolução do Conselho Curador do FGTS. A contratação de 610 mil unidades habitacionais para 2017, incluindo todas as faixas do programa, é a meta a ser cumprida pelo Ministério das Cidades. São 40 mil contratações na faixa 1,5 e 400 mil destinadas às faixas 2 e 3. Outras 170 mil contratações para a Faixa 1. O principal objetivo é movimentar a economia e retomar empregos.
O mercado da construção civil de Caxias do Sul teve o pior ano em 2016. Reduziu em um terço a quantidade de lançamentos imobiliários em relação a 2015. Nos últimos dois anos, as novas construções caíram pela metade.
Mudanças no limite de renda
Os limites de renda passaram de R$ 2,3 mil para R$ 2,6 mil na Faixa 1,5; de R$ 3,6 mil para R$ 4 mil e de R$ 6,5 mil para até R$ 9 mil nas faixas 2 e 3, respectivamente.