Mais uma grande empresa do setor metalúrgico de Caxias do Sul sugere adotar medidas contra a crise. A Agrale já definiu a proposta que será apresentada aos trabalhadores por causa da retração do mercado. A sugestão da empresa é que os funcionários trabalhem quatro dias por semana e folguem um entre março e maio. Todos os 1,6 mil colaboradores irão votar se aceitam a proposta no dia 24 deste mês.
A parada será às sextas-feiras. No período, há dois feriados que caem em sextas e um numa terça. Naquelas semanas, a folga será alterada para a segunda-feira. Conforme o gerente de recursos humanos da Agrale, Paulo Ricardo dos Santos, a empresa irá pagar 50% das horas paradas e outros 50% serão descontados dos salários nestes três meses. Caso o mercado volte a reagir, a Agrale poderá reduzir o número de dias parados ou até cancelar a medida. A empresa estará parada na próxima semana, em esquema de compensação de jornada, por causa das quedas nos pedidos.
Nesta semana, a Marcopolo já aprovou a flexibilização de até seis dias por mês entre março e maio. Segundo o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas de Caxias do Sul (Simecs), outras duas grandes empresas também já programam votações para medidas semelhantes, a Randon e a Guerra. O sindicato estima que 1,5 mil trabalhadores sejam demitidos nos primeiros três meses deste ano no setor em Caxias. As grandes empresas estão sugerindo a adoção da flexibilização para evitar mais baixas.