Ano novo, entusiasmo para construir ou reformar. Na pressa por resultados, há muitas chances de complicar o orçamento, o cronograma e a satisfação ao final do processo. Para a arquiteta Patrícia Miranda, uma obra demanda atenção meticulosa aos detalhes, desde o conceito inicial até o término da execução.
– Com as experiências particulares e mesmo pela observação em outras situações, tornamos a construção de um ambiente mais sólido, eficiente e esteticamente agradável – afirma.
Confira cinco aspectos importantes a observar, segundo a profissional.
1. Zelo
Um lugar em obras não implica no descuido com aquilo que já existe de bom nas instalações. Janelas, portas e pisos, por exemplo, precisam ser protegidos para evitar batidas que danifiquem aquilo que não precisa ser trocado. Isso vale também para os mobiliários e eletrodomésticos: seja em uma mudança ou quando estão no local, devem ser corretamente acomodados. O acondicionamento correto dos materiais não pode ser deixado em segundo plano.
2. Acompanhamento
A organização e a limpeza durante a obra promovem um ambiente mais agradável e eficiente. A ausência de acompanhamento profissional da mão de obra pode desencadear problemas. O ideal é que o arquiteto possa resolver as situações e elencar a sequência das etapas. Ainda que pareça econômico tocar a obra diretamente, contar com o apoio especializado alivia a tensão do futuro morador e traz mais controle sobre os gastos.
3. Projeto
Como um mapa, o projeto registra e descreve tudo o que deve ser feito, cooperando para a prevenção de problemas. É uma orientação segura para os profissionais envolvidos e um ponto de partida para a comunicação e adaptações que se façam necessárias ao longo da execução.
4. Materiais
Com a expansão do setor de revestimento cerâmico – em especial o porcelanato, o material para assentamento também evoluiu. Dessa forma, é importante conferir a tipologia adequada para a argamassa, geralmente indicada nas instruções do fabricante, assim como a quantidade correta para aderência, o que melhora a durabilidade. Isso vale também para o tipo de rejunte. Locais com muita movimentação pedem o tipo epóxi. Além disso, o rejuntamento deve ser revisado, pois o próprio revestimento pode absorver a umidade do procedimento e resultar em falhas.
5. Revestimentos
Locais como cozinha e churrasqueira são impactados pela gordura e, em função disso, pedem por revestimentos não porosos e de fácil limpeza. A mesma dinâmica deve ser pensada nos banheiros, evitando pisos escorregadios, como forma de mitigar acidentes. Já locais de grande impacto, como garagens, pedem pisos de alta resistência. O mesmo quando se trata de bancadas.
BRASILIDADE EM EVIDÊNCIA
A Serra gaúcha se posiciona como reduto de móveis autorais com um empreendimento que destaca a brasilidade. A Galeria.54, anteriormente A CASA Galeria Brasileira, apresenta um espaço de 800 metros quadrados no bairro Sanvitto, em Caxias do Sul. O casal de empreendedores do ramo de acabamentos e decoração Priscila Cappelletti e Bruno Bueri (PortobelloShop Caxias do Sul e Bento Gonçalves e A CASA) aliou-se ao gerente e curador Lucas Martini, que há quatro anos comanda a Galeria Brasileira. A direção arquitetônica da loja é de Lisana Maggioni.
Além dos já reconhecidos designers presentes no mercado regional, como Arthur Casas, Zanini de Zanine, Guto Indio da Costa e José Zanine Caldas, na transição para a Galeria.54 chegam novas parcerias, com destaque para o estúdio Mula Preta e a reedição de peças dos anos 1960 de Bernardo Figueiredo.
Marco do desenvolvimento da arquitetura e do design no Brasil, convidado por Oscar Niemeyer para desenhar os móveis para o Palácio do Itamaraty, Figueiredo assina a poltrona Senhor, criada para a sede da Revista Senhor, fundada em 1959, no Rio de Janeiro. Com estrutura em madeira maciça, tem o assento e o encosto em forma de molduras, cujo vazio é preenchido por cintas de couro. Os braços são contidos por botões de madeira. Quatro botões de metal dourado fixam as travessas às laterais, enquanto almofadões garantem conforto.
JARDIM RESISTENTE AO CALOR
Em tempos de extremos climáticos, o xeropaisagismo surge como uma solução para amantes de plantas que têm pouco tempo para dedicar à manutenção dos jardins, especialmente nos períodos mais quentes do ano. Plantas xerófitas exigem poucas regas e cuidados mínimos, o que resulta em um cultivo mais sustentável, pela economia de água. Entre as plantas com esse perfil destacam-se a pata de elefante. No entanto, é importante proporcionar sombra durante os dias mais quentes e evitar correntes de ar. A dracena é outra opção resistente ao sol intenso, para um ambiente colorido. Cactos são estrelas desse estilo de jardinagem. Requerem solo preparado com terra e areia e luz direta. Já as suculentas demandam exposição ao sol para florescer.
Antes de iniciar o plantio de xerófitas, como cactos, é crucial garantir que o vaso escolhido seja proporcional à extensão da muda, pois o crescimento pode ser comprometido em recipientes pequenos.