É claro que as exposições seguem sendo a mais tradicional ferramenta para promover o encontro do público com as criações dos artistas. Mesmo assim, há ainda um caminho muito grande a se percorrer quando o assunto é a comercialização de obras. Justamente para facilitar esse aspecto, além de valorizar a força artística local, surge o Mercado de Arte, novidade que a Unidade de Artes Visuais (UAV) da Secretaria da Cultura de Caxias do Sul estreia neste fim de semana, no Centro de Cultura Ordovás.
Elegendo um formato mais informal de contato do consumidor com a arte, a iniciativa vai reunir 16 expositores incluindo linguagens como fotografia, serigrafia, gravura, xilogravura, litogravura, desenho, pintura, escultura, aquarela, colagem, fanzine e lambe-lambe.
– É um projeto voltado aos artistas e que valoriza esse segmento cultural que acaba sendo às vezes um dos mais caros e um dos menos consumidos. Tem ainda o plus de despertar na população o consumo da arte local – define Mona Carvalho, diretora da UAV, que promove a atividade.
Se o clima contribuir, as obras ficarão expostas na parte externa do Ordovás e os visitantes serão recebidos com o repertório tropical do DJ Vini Fantin. Os trabalhos serão comercializadas em valores que vão dos R$ 50 aos R$ 400, aproximadamente. Um dos objetivos é desmistificar a ideia de que o consumo de arte é algo restrito a pessoas com poder aquisitivo muito elevado. Além de fomentar esse mercado, o projeto também prevê uma movimentação cultural bem positiva na cidade.
– Provoca a criação de um hábito de ocupar os espaços públicos, de eles serem coletivos, democráticos. Acho que o Mercado de Arte possibilita o espírito de comunidade, e que seja uma comunidade que valoriza e compreende a importância da arte – propõe Mona.
A intenção é que o Mercado da Arte abra portas para novas edições do projeto, com a participação de ainda mais artistas e a venda de cada vez mais obras.
– Apresentar essa diversidade aproxima o público da arte, que parece ser algo tão distante às vezes. Que a gente possa estar construindo esse novo hábito – prospecta Mona.
Quem visitar o Centro de Cultura também poderá conferir outras criações expostas nas galerias do Ordovás. São as exposições Paisagens Algorítmicas: Ecologias de um Mundo em Ruínas, de Matheus da Rocha Montanari; e Santo de Barro Não Faz Milagre!, de Daniela Antunes (leia mais nas páginas 2 e 3). O horário de funcionamento do espaço (incluindo o Zarabatana Café) será das 10h até as 22h.
Programe-se
- O quê: Mercado de Arte – Feira de Artes Visuais.
- Quando: neste sábado e domingo, das 10h às 18h.
- Onde: na parte externa do Centro de Cultura Ordovás (Rua Luiz Antunes, 312). Se chover, será realizado na área interna.
- Quanto: entrada franca.
- Artistas participantes: Aline Fredriksson, Ana Paula Bertoldi, Carolina Muniz, Danna Sambaquy, Giselle Rivoire, Gustavo Luiz Pozza, José Antonio Troitiño, Juliana Viganó, Luana Pereira de Souza, Lucas Elichat Leite, Marciah Casal, Michael Roberto de Barros, Nicolas Mollardi, Nilton Dondé, Pollianna Abreu e Rafael Dambros.
