Poucos sabem, mas Leo Young, vencedor do MasterChef 2016, já foi modelo e tinha tudo para seguir os negócios da família em uma editora de livros. Mas depois da participação no programa, o paulista formado em administração de empresas mudou de vida e resolveu fazer da gastronomia, antes um hobby, sua profissão.
A paixão pela arte de cozinhar, no entanto, começou lá em 2005, quando Leo decidiu viajar para a Ásia. De origem austríaca por parte de mãe e chinesa por parte de pai, ele escolheu o destino com o objetivo de conhecer um pouco mais de sua história e da culinária desenvolvida na região.
— Por necessidade, comecei a cozinhar na viagem. Com o tempo percebi que gostava e comecei a aperfeiçoar esse meu hobby. Esse tempo fora foi fundamental para o meu autoconhecimento — comenta Young, que esteve em Caxias nesta semana participando da Temporada Gourmet do Iguatemi Caxias.
Batemos um papo com o chef sobre sua trajetória e vida na cozinha. Confira trechos da entrevista:
Almanaque: Hoje há uma onda de cursos e competições de gastronomia. Como fazer para se destacar?
Leo Young: É preciso estar sempre se reinventando. Estou em um ramo incrível em São Paulo, isso porque tem mais restaurante japonês do que pizzaria na cidade. Então, para se destacar você precisa ter um tripé interessante: comida, atendimento e ambiente bom. Com esses três aspectos você consegue se destacar.
É muita pressão ganhar um programa tão conhecido pela qualidade?
Era fã do programa antes de me inscrever, mas nunca tinha pensado em participar. Em 2016, uma ex-namorada me deu a ideia de tentar entrar no reality. No começo, não aceitei, mas um mês depois estava gravando o vídeo de inscrição. No início foi horrível, estava só tomando pedrada porque era muito difícil administrar o tempo. Então foi bem complicado, mas fui estudando até chegar no nível dos outros.
Qual foi o prato mais difícil que tu já cozinhou? E qual ficou o mais gostoso?
O mais difícil é um prato típico da Áustria, feito normalmente com uma peça bovina e que precisa de muitas horas de preparo. É uma receita que fica horrível quando faço, tanto que no programa acabei queimando. Já o melhor é muito difícil de escolher. Tem uma receita com sardinha que ninguém espera nada dela. Quando eu faço, todos adoram.
Tem algum prato que tu não goste de fazer?
Doce não é muito minha praia. Minha vida é regida pelo que eu gosto e não gosto. E não gosto tanto de doce, então, naturalmente, não gosto de cozinhar. Prefiro aqueles feitos a base de fruta, mas doces como chocolate não sou fã.
Qualquer um pode cozinhar ou é preciso ter dom?
Qualquer um pode cozinhar: pode ser um zero à esquerda, mas se pegar um tutorial na internet ou um livro e estudar vai conseguir fazer. Com cuidados mínimos e um pouco de atenção todos conseguem cozinhar.
Qual ingrediente não dá para faltar na cozinha?
Sempre tenho uma carne e frutos do mar.
O que tu estás fazendo agora?
Meu foco é no meu restaurante, o Tatá Sushi, que abre seis dias por semana. Me divido entre ele e os eventos que faço.
Tu já tinha vindo pra Caxias? Conhece a gastronomia da região?
É a minha primeira vez aqui, não conheço muito a gastronomia. Sei que todo a região Sul é forte em churrasco e em carnes.
Temporada Gourmet do Iguatemi Caxias
Segue até o dia 16. O encerramento será com Felipe Bronze, dia 16, às 15h30min. Em sua aula-show, ele dará dicas sobre a cozinha brasileira de vanguarda. Para garantir lugar, é preciso de inscrever: www.iguatemicaxias.com.br.