Catarse era uma das palavras que o pessoal do Grupo Trampulim (MG) tinha em mente quando o espetáculo Manotas Musicais começou a ser formatado, há quase 10 anos. A ideia era que o sentimento de transformação transbordasse os limites do palco e fosse compartilhado por todos. Para isso, eles resolveram colocar em prática uma receita praticamente infalível: palhaçada e música. Quem quiser conferir se a catarse proposta é realmente alcançada, pode adentrar ao picadeiro que será montado nesta sexta, no Ponto de Cultura UAB Cultural, em Caxias. A entrada é franca.
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Em cartaz desde 2008, o espetáculo chega ao Estado por meio do Circuito Nacional Palco Giratório Sesc. E com a bagagem cheia de boas intenções.
– Esse espetáculo surge da vontade de unir as pessoas num mesmo propósito. Só não posso contar muito sobre como isso acontece para não estragar a surpresa que acontece no final – diz, cheia de mistério, a atriz e musicista argentina Chaya Vazquez, que interpreta uma das palhaças do espetáculo.
A história contada no palco é conduzida pelos protagonistas Benedita e Sabonete. A dupla decide montar um concerto de música clássica, mas tudo acaba virando uma grande manota. Opa, não sabe o que é manota? Tudo bem, a maior parte dos brasileiros não sabe mesmo, mas tem tudo a ver com o universo clown.
– Descobrimos que esta palavra é conhecida só em Minas, mas "dar uma manota" é como dar uma mancada ou fazer algo errado – explica Chaya.
Em cena, Benedita e Sabonete são acompanhados por um trio que forma sua banda – com a participação de instrumentos como guitarra, tambores e violoncelo. Apesar do riso ser um dos propósitos do espetáculo, é bem provável que esse grupo não soe tão fora do tom. É que todos eles se conheceram através da música e têm como ponto a favor uma amizade que já dura mais cerca de 15 anos. Isso tudo é revertido em entrosamento e liberdade de criação.
– Nós nos divertimos muito com este espetáculo, ele é muito vivo, o palhaço também é. Por isso estamos abertos a mudanças, algumas coisas já surgiram por erro e deram tão certo que acabaram sendo incorporadas – conta a atriz.
O cenário remonta à essência do circo clássico, com lona vermelha e palco no centro. Neste picadeiro, todo mundo é convidado a entrar e contribuir para que a manota fique ainda mais divertida.
– O retorno é muito legal, com energias muito diferentes – resume Chaya.
PROGRAME-SE
:: O que: espetáculo Manotas Musicais, do Grupo Trampulim (MG)
:: Quando: nesta sexta, às 20h
:: Onde: Ponto de Cultura UAB Cultural (Luiz Antunes, 80, Panazzolo)
:: Quanto: entrada franca. Ingressos devem ser retirados no SAC do SESC (Moreira César, 2.462). Se sobrar, serão distribuídos no local do espetáculo :: Informações: (54) 3221.5233