Paraiense, Isaldo Antônio Bettin, 52 anos, foi o primeiro da família de 10 irmãos a ingressar na vida religiosa. Depois, uma das quatro irmãs, Helena, 56, e um dos cinco irmãos, Ivaldo, 46, seguiram o mesmo caminho.
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- Helena costurou toda a roupa para minha ida ao seminário de Nova Bassano - recorda Isaldo, que vive em Arita, no Chile.
Ele trabalha com migrantes e refugiados na fronteira com o Peru, atendendo, essencialmente, a chilenos, peruanos e bolivianos, sem visto ou documentos. Isaldo atuou também no Peru e em São Paulo. O ingresso no seminário e a opção por uma vida missionária ampliaram os horizontes do paraiense.
- Agradeço a Deus por essa escola de vida permanente - diz.
A devoção religiosa começou na infância, dentro de casa. Para Isaldo, vários motivos contribuíram para que se tornasse padre: a família numerosa, a fé católica e a comunidade religiosa de Paraí.
- O ambiente favorece, com certeza, mas não é só isso. Quando entrei no seminário, havia nove seminaristas de Paraí, apenas eu virei padre. E ser padre é fácil. Difícil é ser um bom padre - brinca.
Atualmente, Isaldo retorna uma vez por ano para o município gaúcho, para visitar a família. O irmão padre também costuma tirar férias no mesmo período, para que possam se encontrar, já que Ivaldo vive em Joanesburgo, maior cidade da África do Sul - ele já morou na Argentina, Uruguai, Itália e Suíça. Ambos integram a Congregação dos Missionários de São Carlos e realizam trabalho semelhante.
- Nós que temos origem italiana, nem sempre entendemos os desafios da imigração. Com o passar dos anos, cresceu a vontade de dedicar minha vida aos refugiados - conta Ivaldo, que considera o suporte da família fundamental. - Sempre fomos apoiados e estimados pelo trabalho - afirma.
Isaldo relata que, assim, como eles, há padres paraienses espalhados pelo mundo:
- Com certeza, estamos em todos os continentes.
Vida de vocacionados
Irmãos Bettin são missionários, irmã é focolarina
Os três são naturais de Paraí
Tríssia Ordovás Sartori
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