Com sobrenome de peso, Ian Ramil decidiu usar apenas o primeiro nome no trabalho de estreia. Não dá para dissociá-lo, pelo menos no imaginário, dos membros mais reconhecidos da família, o pai Vitor Ramil e os tios Kleiton e Kledir. Embora passe longe de ser um simples desconhecido, o guri nascido em Porto Alegre está determinado a trilhar um caminho próprio, longe da sombra da hereditariedade. Nesta segunda-feira, às 20h, ele estará no Teatro do Sesc, em Caxias, para mostrar as canções de estreia. O show integra a programação do Aldeia Sesc.
No disco gravado há dois anos em Buenos Aires, com a produção de Matias Cella - que já trabalhou com Jorge Drexler - e lançado em abril deste ano, Ian mistura diferentes influências, passeando por Beatles, Radiohead, Jorge Benjor e até João Gilberto, alternando o pop e o experimental, o acessível e o hermético. Há a valorização de violões, dando uma cara acústica a partes do trabalho, como na suave Seis Patinhos, em Suvenir e na balada em inglês Over and Over. Há pegadas folks em Pelicano e Hambúrguer e um ar de Bossa Nova em Rota (essa composta em parceria com os guris da Apanhador Só).
Com tanta versatilidade, que mistura ruídos a sons mais limpos, Ian tem dificuldade para classificar o trabalho que realiza.
- Eu chamo o que faço de música livre - declarou Ramil, à Zero Hora. - Tenho minhas influências, claro, mas vou mais na intuição, deixo fluir. Por isso, minha música não pertence a nenhuma escola, ela circula por onde quiser - completou.
Dá para fazer download gratuito do disco no site oficial do músico (www.ianramil.com).
DNA Ian
Músico porto-alegrense mostra álbum de estreia nesta segunda, no Teatro do Sesc
O show integra a programação do Aldeia Sesc
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