Dando continuidade à trajetória da família Zago no Brasil, destacamos hoje a atuação de Natal Zago na agricultura e na pecuária, a partir de finais do século 19. Conforme informações repassadas pelos descendentes, a partir da década de 1920, as terras ocupadas pela família Zago no entorno da Capela das Dores passaram a ter baixa produtividade — o aumento das famílias fez com que eles buscassem a sobrevivência em outras localidades.
Natal partiu, então, para a região litorânea do Estado, ficando algum tempo no atual município de Osório. Mais tarde, deslocou-se para Barra do Ouro, em Maquiné, desenvolvendo atividades na agricultura e também como carpinteiro. Após algum tempo, foi morar na região do atual distrito de Criúva, dedicando-se à agropecuária. Posteriormente, a família fixou residência em uma propriedade rural nas imediações da Vila de São Marcos, na época pertencente a Caxias do Sul, dando sequência às lidas agrícolas e à carpintaria.
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Relatos históricos
Neta de Natal Zago, dona Anory Maria Zago de Andrade, atualmente com 92 anos, tem auxiliado a recontar parte da história dos Zago, juntamente com o primo Almiro Zago — responsável por uma coletânia de artigos sobre famílias italianas de diversos autores.
Filha de Américo João Zago e Ermínia Tonolli, dona Anory também reuniu suas memórias na publicação Páginas de uma Vida. Já Augusto Zago, descendente de Giovanni (João) Zago, escreveu um livro sobre a Família Zago, agora em sua segunda edição.
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Rumo ao Brasil aos seis anos
Nascido em 15 de janeiro de 1875, Giovanni Zago (João), era o segundo filho do pioneiro Domenico Zago e veio da Itália com apenas seis anos, em 1881. Irmão do primogênito Natal, João casou-se com Josefina Trintinaia, com quem teve nada menos do que 18 filhos.
Conforme os descendentes, o fato que mais chama atenção é a esposa de João, Josefina, ter gerado 18 filhos num período de 24 anos — a primogênita nasceu quando ela tinha 20 anos, a caçula, Zaira, quando a mãe já contava 44 anos. Josefina veio a falecer aos 64 anos.
A "Zagolândia"
Na Comunidade de Rondinha, em Videira, Santa Catarina, formou-se uma espécie de Zagolândia, onde residem em torno de 50 famílias com o mesmo sobrenome. Tanto no município como nos arredores existem centenas de descendentes de João e Josefina Zago — oriundos de Caxias do Sul entre os anos de 1922 e 1934, conforme fotos enviadas pelas senhoras Ivanir Marli Zago e Clari Bernadete Zago, bisnetas de João.
Na foto acima, a Igreja de Nossa Senhora de Caravaggio, construída pela família de João (Giovanni) Zago. Abaixo, a casa onde a família morou em 1933, a primeira a ser construída pela família de Giovanni.
Parceria
Informações das colunas de ontem e hoje são uma colaboração das senhoras Maria Ivone Andrade Giordani e Claudia Zago Modena, bisnetas de Natal Zago. Para complementar a segunda edição do livro da família Zago e programar um encontro, elas necessitam de dados de alguns descendentes de Domenico Zago (abaixo).
Contatos com Maria Ivone, pelo fone/whats (54) 99191.4680, e Claudia, pelo (54) 98404.6973.