A partir desta edição, a coluna Memória passa a publicar uma série de textos compartilhados pelo médico e escritor Francisco Michielin. Autor do livro Juventude: Paixão e Glória, lançado em 2016, Michielin possui vasto material sobre a trajetória do clube – um acervo de centenas de imagens e histórias curiosas que, agora, também poderão ser conferidas neste espaço. Dando a largada, uma homenagem, óbvia, a seu time do coração:
"Pertencer aos 40 maiores clubes brasileiros é um sonho que, muito provavelmente, jamais passou pela cabeça dos fundadores do Juventude, no remoto 1913. Mais do que isso, estar listado como o vigésimo nono de todo o Brasil, segundo o recente ranking oficial da CBF. E, portanto, ser sagrado como o mais laureado do interior gaúcho. Aqui, como homenagem ao seu retorno à Série B, apresentamos quatro formações diferentes nos tempos mais antigos do esquadrão esmeraldino." (Francisco Michielin)
Na foto acima, o timão de 1934, com a rainha Suely Campagnolllo Bergmann. Em pé, da esquerda para a direita, estão Bolacha, Mário Martini, Bortinha, Renato Fasoli, Antonio Garbim e Zito. No meio, Frigeri, Dirceu, Xispa, Martinez e o lendário Alfredo Jaconi, À frente, sentados nas laterais, Gonzaga e Raul. Ao centro, o goleiro Adelino Fabbris, de apelido Vanzetti, em alusão a um dos anarquistas italianos injustamente levados à cadeira elétrica nos EUA, em 1927.
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Em setembro de 1939
Acima, o plantel que levantou o bicampeonato ostentando um uniforme totalmente inovador para a época, setembro de 1939. Integravam o time, entre outros, Benito Gonzalez (o Castelhano Voador), Alcides Longhi, Bergmann, Bolacha, Bolachinha, Alfredinho, Frigeri, Renato Fasoli, Adriano, Bortinha, Antonio Garbim, Remo Boscatto, Chapa, Léo e Segalla.
Alfredo Jaconi de "fatiota" em 1940
O flagrante acima mostra o time tricampeão da cidade em 1º de setembro de 1940, aparecendo o mítico Alfredo Jaconi de “fatiota” e chapéu no canto à direita – Jaconi, que dá nome ao estádio, faleceu em 1952. O time já se dava ao luxo de possuir abrigos especiais.
Contra o Flamengo em 1941
Por fim, na foto acima, o time que aplicou a maior goleada da história dos clássicos da cidade, abatendo o Flamengo por 7 x 2 no dia 31 de agosto de 1941. Nesse jogo, o ponteiro esquerdo Remo Boscatto, natural de Flores da Cunha, concretizou o recorde de quatro gols nessa particular rivalidade. Os outros três foram marcados por Mário Martini, Russinho e Cacique Frigeri. O Ju é tetracampeão de Caxias do Sul.