![Studio Geremia / Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, divulgação Studio Geremia / Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, divulgação](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25298165.jpg?w=700)
Ela está lá há mais de 70 anos, mas até hoje muita gente ainda a confunde com uma corneta, uma trompa e até uma cornucópia. Falamos da famosa piteira que adorna o telhado da antiga Metalúrgica Abramo Eberle, na esquina das ruas Borges de Medeiros e Os Dezoito do Forte.
Com o recente trabalho de iluminação para valorizar a fachada e os detalhes arquitetônicos do prédio, o símbolo ganhou ainda mais destaque, assim como sua história. Ela foi esmiuçada no livro "O Milagre da Montanha", lançado em 1946, cujo trecho reproduzimos abaixo:
"Em 1906, a força de expansão dos produtos da fábrica, a grande procura que os mesmos passaram a ter, levaram os dirigentes a cogitar a escolha da marca. Cada um dos interessados tinha seu ponto de vista e cada qual apresentou sua sugestão. Sucede que pouco tempo antes, Abramo Eberle, ao regressar de São Paulo, entre as pequenas lembranças afetivas, trouxera uma piteira de forma singular, algo parecido a uma pequena corneta, ou melhor, a uma pequena trompa de caça, que deu de presente a Luiz Gasparetto. certa ocasião, em que o fundador encarecia a necessidade de escolherem uma marca para os produtos da fábrica, em presença de Luiz Gasparetto e Reinaldo Kochenborger, este último teve uma inspiração e sugeriu que se adotasse a "Piteira" como marca para os produtos da fábrica".
A partir de 1908, a marca tornou-se um símbolo da perfeição de acabamento e da ótima qualidade do material empregado nas diversas seções da fábrica.
"Os produtos marcados com a "Piteira" conquistaram justificada fama à futura grande metalúrgica. A adoção dessa marca assinala uma etapa de grande progresso nos métodos de fabricação e nos processos de expansão, rumo aos grandes mercados nacionais e estrangeiros".
Tanto que a expansão física da empresa, verificada a partir da década de 1940, destinou dois lugares de destaque ao símbolo, esculpido em concreto: no topo do telhado do prédio erguido nos fundos do quarteirão — a esquina das ruas Os Dezoito do Forte e Borges de Medeiros — e também no beiral do terraço pela Rua Sinimbu, bem menos perceptível.
Na foto abaixo, o complexo da Rua Borges de Medeiros concluído, ainda com o telhado original (ao fundo) e a piteira no topo. Na sequência, o símbolo atualmente, devidamente iluminado.
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A marca hoje
Surgida para marcar os produtos do Eberle, a "Piteira" foi adquirida em 1989 pela metalúrgica caxiense Metalgusa — atualmente é a marca registrada da Via Appia Indústria e Comércio de Metais Ltda, responsável pela fabricação das mais tradicional linha de itens de montaria do Brasil. Sob o slogan "tradição desde 1908 em produtos que duram para sempre", a empresa possui ainda uma linha completa de cutelaria e acessórios.
O catálogo inclui peças como argolas, bridões, esporas, estribos, fivelas, freios, facas, chairas e talheres articulados. No site ww.piteira1908.com.br, a empresa também disponibiliza uma preciosidade histórica: o catálogo original de 1937, com os produtos de encoureamento e montaria produzidos pela Metalúrgica Abramo Eberle na época (detalhe abaixo).
![Piteira1908 / Reprodução Piteira1908 / Reprodução](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25298058.jpg?w=700)
![Reprodução / Agência RBS Reprodução / Agência RBS](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25298141.jpg?w=700)
![Acervo Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami / divulgação Acervo Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami / divulgação](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25298167.jpg?w=700)
![Studio Geremia / Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, divulgação Studio Geremia / Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, divulgação](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25298170.jpg?w=700)
História no Boletim Eberle
Em 1959, uma das edições do lendário Boletim Eberle detalhou a história da piteira. O texto foi um colaboração do jornalista e historiador Mário Gardelin, que na época entrevistou o diretor Júlio João Eberle, filho de Abramo.
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![Centro de Memória da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul / reprodução Centro de Memória da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul / reprodução](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25298150.jpg?w=700)
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