As comemorações dos 125 anos da chegada da família Tonus ao Brasil ocorreram no início de fevereiro, mas nunca é tarde para recordar de uma trajetória que se mescla à dos município de Veranópolis e Vista Alegre do Prata.
Toda essa história teve início ainda em 5 de novembro de 1892, quando foi expedido pelo município italiano de Fontanelle, na província de Treviso, o passaporte da família de imigrantes. Foi de lá que saíram o patriarca Francesco Tonus, então com 39 anos, sua esposa Lucia Pegolo, também com 39, e os filhos Giuseppe, 10; Angelo, sete; Paola, cinco; Giovana, dois; e a caçula Maria, de apenas três meses.
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A travessia rumo ao Brasil naqueles tempos exigia cerca de 40 dias. Para os Tonus, porém, esse tempo foi ultrapassado devido a uma tempestade em alto-mar. Conforme informações contidas na revista especial editada para o encontro de 2018, a tormenta fez com que a chegada ao Porto de Santos, em São Paulo, ocorresse cerca de três meses depois - o lote 163 onde a família se instalou, na antiga colônia Alfredo Chaves (atual município de Veranópois), data de fevereiro de 1893.
Na imagem acima, os pioneiros Francesco Tonus e Lucia Pegolo com parte da família: Em pé, Maria Costa Curta (com o filho Antonio Tonus no colo) e o marido Giuseppe Tonus; Maria Tonus, Cecília Tonus, Regina Pessoto Tonus, Fioravante Tonus (o pequeno Fiorelo) e Angelo Tonus. Sentados estão Stela Tonus, Francisco Tonus (Quequi) e o casal Francesco Tonus e Lucia Pegolo.
Álbum de família
Nas imagens a seguir, alguns registros da família nos primórdios do século 20. Na primeira, o imigrante Giuseppe Tonus, filho de Francisco, com a segunda esposa, Maria Costa Curta Tonus. Giuseppe e Maria tiveram sete descendentes: Antonio, Pedro, Amabile, Adelia, Angelo, Lidia e Amabile (mesmo nome da irmã morta precocemente). De suas primeiras núpcias, com Luiza Costa Curta, nasceram dois descendentes: Francisco e Stela.
Na sequência, Angelo Tonus, irmão de Giuseppe e filho de Francisco, com sua família. A partir da esquerda, vemos os filhos Lucia, Maria, a esposa Regina Pessoto Tonus, a caçula Antonia (Antonieta), o patriarca Angelo e, por fim, os irmãos José e Fioravante Tonus.
Por fim, um registro das quatro filhas dos pioneiros Francesco e Lucia. A partir da esquerda estão Giovanna, Paola, Maria e Cecília (nascida no Brasil).
Primeiros contatos
A aproximação das famílias Tonus do Brasil e da Itália teve início em 1994, com a visita dos descendentes João Wianey Tonus e Nadir Tonus, integrantes do grupo Miseri Coloni, aos municípios de Fonatenelle e Godega di Sant’Urbano.
Foi quando ambos mantiveram uma série de contatos com os parentes italianos nas folgas das apresentações teatrais. Tinha início aí uma parceria que se estende até hoje - e rende cada vez mais atualizações sobre essa centenária história.
Painel
No encontro de 4 de fevereiro, em Vista Alegre do Prata, também foi inaugurado um painel na Escola Municipal Giuseppe Tonus, que, em 1992 teve seu nome alterado de Osvaldo Cruz para o do imigrante chegado à localidade exatos 100 anos antes.
Parceria
Informações desta coluna são uma colaboração do leitor João Wianey Tonus.