A 2ª Guerra Mundial revelou o caráter patriótico do jovem José Faggion. Enquanto muitos brasileiros acompanhavam apreensivos o conflito na Europa, o governo Getúlio Vargas se comprometia com os aliados, uma vez que navios brasileiros foram afundados por submarinos do Eixo, formado pela Alemanha e Itália.
O ingresso do Brasil na 2ª Guerra colocou o 9º Batalhão de Caçadores, guarnição que antecedeu o 3º GAAAe, na história. Conforme o livro O Quartel, de Alvino Brugalli, um contingente de 103 soldados integraram a Força Expedicionária Brasileira.
José Faggion nascido em Pinto Bandeira, interior de Bento Gonçalves, percebeu uma oportunidade para deixar da lida rural e viver intensamente novas experiências. A história deste soldado, que não fugiu da convocação, hoje é relatada com orgulho pelo filho Kau Faggion, 68 anos. Na bagagem de retorno ao Brasil, vieram fotografias que retrataram os momentos inesquecíveis de uma realidade que marcou a história contemporânea. Na imagem de um grupo de combatentes, Faggion está posicionado à esquerda da imagem.
História no Livro
O pesquisador Alvino Brugalli produziu um livro sobre a história do 3º GAAAe em 2002. Entre os capítulos da narrativa histórica, consta a colaboração do 9º Batalhão de Caçadores, bem como o nome de todos os soldados que integraram a FEB. Na foto, percebe-se José Faggion sentado no caminhão da esquerda. Kau Faggio recorda que, a partir de 1970, os colegas desta incursão se reencontravam no restaurante Gato Preto, de propriedade da família Faggion.
Homenagem aos ex-combatentes
A reverência aos atos de bravura dos praçinhas brasileiros recebeu renovadas homenagens em janeiro de 1997. No Largo Padre Giordani, foi inaugurado um monumento, cuja lápide recebeu a grafia dos ex-combatentes na Itália. Kau Faggion conviveu com esta turma de soldados, amigos de seu pai. Uma forte amizade se consolidou na Itália e perdurou no retorno ao Brasil. Na foto, o retrato do corajoso José Faggion (04/11/1923-14/11/1974).
Museu dos Pracinhas
Caxias do Sul possui referências para compreender fatos a 2ª Guerra Mundial. O Museu dos Ex-combatentes da FEB conserva imagens, peças e documentos. O próprio Kau Faggion recorda que este museu teve inspiração no restaurante de seu pai. O soldado Faggion fez uma viagem de navio, que durou 29 dias até a Europa e testemunhou a fase final da Guerra, que culminou com a tomada do Monte Castelo, em fevereiro de 1945, onde foram detidas as forças nazistas. Na foto, Faggion (C) está junto ao caminhão fornecido pelo Exército norte-americano.