E os planos que você fez lá atrás, o que hoje te afasta deles? Você ainda os quer? É importante que tenha isso definido. Caso ainda os queira, diga o porquê dessa não realização. Mas, só diga para si, ninguém precisa saber.
Para começar essa conversa, saiba que, sim, eu entendo o universo socioeconômico que atrasa nossas vitórias, o conheço bem. Andei pelas ruas periféricas da humanidade, ainda ando, mas, agora, com calçados melhores. Já fui a promissora criatura que tudo tinha para realizar e, que, por inúmeras oportunidades que não vieram, não realizou. Fui e doeu.
Doeu mais que qualquer amor perdido, mais que qualquer ferida física. A maior dor que já senti foi a da não realização de um sonho. Por um tempo, até deixei de sonhar. Parei de escrever (Pasmem!). A dureza da vida pode nos contagiar, ela pode nos travar e nos fazer crer que não somos capazes. É preciso muita autoestima para seguir e voltar a sonhar.
Sonhos não devem ser medidos, é dentro deles que habita nossa mais pura liberdade. Seja lá o que for, vindo você de onde vier, com as condições que pôde ter, você merece conquistar. É válido acreditar e sonhar na prática, é permitido a todos nós. Decretado!
O que você quer? Passar a vida viajando, casar com o amor da sua vida, ter um negócio de sucesso, ser executivo de uma multinacional, ajudar as pessoas. Não importa onde vai seu sonho, o que importa é saber que é possível, mas há intempéries no processo. E, que, cada barreira superada te leva um pouco mais perto dele.
Não há conquista sem luta, sem sacrifício. Eu queria te dizer que sim, mas não tem. As grandes histórias de figuras heróicas e os enredos mais clichês de filmes nos contam da saga do herói até alcançar seu apogeu. Inclusive, os vencedores da vida real que admiramos têm trajetórias de lutas e superação. A vida é feita disso.
Eu poderia te dizer que vai ser fácil, mas não é. Não está sendo, posso testemunhar. No entanto, as vitórias vêm, na maior parte das vezes, bem pequeninas. Mas estão lá e nos trazem sorrisos e engrandecem o que é força e nos habita. Comemore todas elas!
Por serem mínimas, se vão rápido. O outro dia vai pedir outra dose de alegria e auto-orgulho, você vai para cima e vai conseguir de novo. Logo será um viciado em se fazer bem.
Em suma e não minto: é só seguir, dando seu melhor, estudando bastante, executando, tendo clareza de onde quer chegar e carregando pedra como se fosse flor.
De todo modo, deixemos em pratos limpos que a vitória vem e, como tudo na vida, cobra preço e não é barato. Vai ter que enfrentar, lidar de cabeça erguida, olhar firme no futuro. Não será fácil, mas valerá a pena. Ah, e na caminhada, aprecie a paisagem, é belíssima.
Antes de encerrar, um conselho: não bote num estandarte suas dores e alegrias, se abra pontualmente. Somos seres frágeis, de autoestima titubeante, o mal agouros de outrém é virulento e pode se apossar de nós, intimamente. Nesses casos, fuja do outro, busque abrigo dentro de si, estará muito bem protegido.