Em ato realizado nesta quarta-feira (8) no Palácio do Planalto, 21 obras restauradas após o 8 de Janeiro retornaram oficialmente ao acervo da Presidência da República — incluindo um relógio pêndulo do século 17 e um quadro do artista Di Cavalcanti.
— A preservação desse legado que une cultura, história e democracia é responsabilidade de todos — destacou a primeira-dama, Janja da Silva, durante a cerimônia. — A memória é um dos alicerces mais importantes da nossa identidade enquanto brasileiros. Sua preservação não é apenas uma homenagem ao passado, mas também um compromisso com o futuro.
A restauração das peças, segundo Janja, contou com a colaboração do governo da Suíça e da embaixada da Suíça no Brasil, do Ministério da Cultura, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Marca de dois anos
Na data em que os ataques do 8 de Janeiro completam dois anos, nesta quarta, a Praça dos Três Poderes será palco de diversos atos públicos e simbólicos para recuperar a memória democrática e celebrar a restauração das obras vandalizadas durante a tentativa de golpe. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da agenda.
Além da reintegração das obras, foi realizado o descerramento da tela As Mulatas, de Di Cavalcanti, avaliada em R$ 8 milhões, que foi perfurada em seis pontos durante os atos antidemocráticos.