Sandra Cecília Peradelles
Dia de faxina é sempre a mesma história: arrasta os móveis, abre toda a casa, janelas escancaradas, luz solar entrando, produtos de limpeza, panos, vassouras e muita água. Ao nos prepararmos para a faxina, olhamos a casa escaneando e a situação nunca parece tão grave quanto vamos percebendo durante o processo. Acontece que a sujeira se esconde, gruda nos cantos, se embrenha nos vincos que formam a matéria lar, se transfigura em normalidade, cria aderência aos móveis. A sujeira, parece que ela não existe até que se jogue água e sabão e se esfregue com força. Então, toda a imundície emerge em um caldo marrom que causa certa repugnância.
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre:
- destaque colunistas