Pedro Guerra
Estou em processo de esvaziamento. Se a expressão é nova, explico (até porque, acabo de inventar). Dias atrás me peguei pensando nessa ideia de que a gente passa muitos anos acumulando tudo aquilo que sempre quis – e quase sempre isso são coisas materiais –, até a hora em que nos vemos rodeados daquilo que chamo de “muito”. Foi assim comigo, que só me vi realizado quando construí uma estante para poder organizar todos os meus livros, por exemplo. O mesmo aconteceu com a minha coleção de filmes de terror, meus frascos de perfume, e por aí vai... Até que eu olhei para tudo isso e senti falta daquilo que chamo de “pouco”.
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