Há duas semanas, o escritor José Clemente Pozenato anunciou que pretende escrever, neste início de 2018, um novo romance policial para fazer companhia a O Caso do Martelo, O Caso do Loteamento Clandestino, O Caso do E-mail e O Caso da Caçada de Perdiz, seus outros títulos protagonizados pelo delegado Hilário Pasúbio. Também adiantou que pensa num Quatrilho 2. Mas e o que os outros escritores radicados em Caxias do Sul preparam para o novo ano?
O Sete Dias foi conferir com alguns deles e descobriu que tem muita novidade vindo por aí. O escritor Paulo Ribeiro, que em 2017 lançou o livro de contos O Transgressor, projeta dois romances para 2018. O primeiro, que sai em março pela Kotter Editorial, vai se chamar Um Cara Coçava as Costas da Minha Mãe no Baile.
— O segundo é um romanção de 300 páginas, chamado Hino Sem Nota aos Doidos de Oaio. Estou em busca de patrocínio, mas está pronto, é só editar — diz, prevendo que sairá no segundo semestre.
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Quem também vai investir no romance é Natalia Borges Polesso. Depois do sucesso de Amora, livro de contos que faturou vários prêmios e segue rendendo frutos — em dezembro, foi o mais votado na seleção literária do site Libros Elegidos, na categoria Relatos de Autores Estrangeiros —, agora ela está terminando de escrever sua primeira narrativa longa, ainda sem data de lançamento. Além disso, a escritora, que foi patrona da 33ª Feira do Livro de Caxias, também já tem na agenda participação do Hay Festival de Cartagena (Colômbia), em janeiro, na Primavera Literária dos Estados Unidos, em abril, e no Literatura e Democracia, em Brasília, no mês de agosto.
Já o escritor Pedro Guerra chegou a se desconectar das redes sociais, durante o mês de dezembro, para se dedicar a seu novo projeto. Vai ser algo bem diferente de tudo que já fez, garante ele, fazendo um pouco de mistério:
— Não é um romance (romântico), não é policial, e não é para o público juvenil, embora eles também possam ler. É algo mais maduro, mais a ver comigo, mais pessoal — diz, prevendo o lançamento ainda para o primeiro semestre.
O público adolescente, entretanto, não será totalmente deixado de lado: ainda em 2018 deve sair a já anunciada continuação de Precisava de Você, intitulada Romeu Morreu.
— Mas vai depender do mercado, talvez a editora (Gutemberg) resolva lançar outro (romance juvenil) antes — pondera Pedro, que está "sempre escrevendo dois ou três livros ao mesmo tempo".
Saindo da ficção, o escritor e jornalista Marcos Fernando Kirst está mergulhado na produção da biografia de Vivita Cartier, que pretende lançar ainda em 2018, um ano antes do centenário da morte da poetisa.
Novidades também na literatura infantil
A gurizada não ficará de fora da safra 2018 da literatura caxiense. A escritora, jornalista e professora universitária Alessandra Rech planeja para junho o lançamento do livro infanto-juvenil A Insônia dos Sabiás, aprovado no Financiarte.
— O livro trata de um problema ambiental real, numa linguagem lúdica, e será ilustrado por Vivi Pasqual, com design de Leo Lucena — detalha a autora.
O escritor Carlos Kalunga Neves tem dois livros programados para 2018. O primeiro, que deve ser lançado ainda no primeiro semestre, é de poemas infantis e se chamará O Poeta Brincalhão.
O outro, ainda sem data, deve marcar o retorno de Kalunga à literatura adulta, e para um público bem específico: a terceira idade. Com o título provisório de A Terceira Idade — A Eterna Infância, ele reunirá crônicas e poemas.
— Não existe muita literatura voltada a esse público, geralmente são apenas obras sobre a saúde — reflete o escritor, que quer levar para esse nicho a mesma ludicidade dos seus textos infantis.
Voltando à seara infantil, Elaine Pasquali Cavion revela que tem um novo projeto em andamento, porém ainda sem data para publicação.
— É provável que saia no segundo semestre de 2018 — diz.
Cartoneira
Alessandra Rech também prevê a publicação, até março, do 3º volume artesanal da Coleção Cartoneira, capitaneada por UCS e RimViver e resultado do concurso Prêmio Antares de Literatura.