Nivaldo Pereira
Como o Sol se alinha a Netuno, em Peixes, lanço luzes sobre um dos mais geniais piscianos da história do Brasil: o poeta baiano Castro Alves (1847 – 1871). Sobre ele, o crítico Agripino Grieco afirmou: "Não foi um homem, foi uma convulsão da natureza". Em apenas 24 anos de vida, Castro Alves fez da poesia um potente farol de consciência social em prol da justiça e da liberdade. Para além das pautas líricas do movimento romântico de seu tempo, ele foi um humanista maior, a denunciar, com seu verbo afiado e engajado, o horror da escravidão e a lutar pela abolição, pela república e pela democracia. Ancorado na compaixão que move os piscianos, ele mesmo escreveu: "Para chorar as dores pequenas, Deus criou a afeição; para chorar a humanidade — a poesia".
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