O primeiro turno do Brasileirão chega ao fim, mesmo com muitos jogos atrasados, com a confirmação do que já sabíamos. Rodada após rodada, a arbitragem continua sendo tema principal de muitas partidas. Em alguns casos, até serve de bengala para que dirigentes e treinadores possam explicar algum insucesso. Mas, na maioria das vezes, existe muita coerência na reclamação.
O principal ponto está na falta de critérios. Seja para faltas de jogo, expulsões, catimba ou pênaltis. Cada juiz parece escolher sua forma de apitar, e muitas vezes de acordo como pareça mais conveniente.
E isso ganha um aliado ainda mais forte quando o VAR aparece como protagonista. Aquele que era para ser um ponto para auxiliar em decisões difíceis de impedimento ou erros claros na partida, virou julgador interpretativo. E aí, se o critério de um trio de arbitragem já pode ser discutível, soma-se a ele a turma do vídeo querendo aparecer.
Nos dois últimos jogos do Juventude, a reclamação alviverde é muito justa. Contra o São Paulo, o gol é anulado pelo VAR em um lance discutível e interpretativo. Por uma câmera, "parece" mão. Pela outra, não. Neste caso, o mais óbvio seria manter a decisão de campo, como ocorre na Europa. Não foi o que aconteceu.
Diante do Cruzeiro, a falta de critério. Dois pênaltis. Em um deles, que pode até ser discutível, o VAR não chamou. Em outro, com dinâmica semelhante, veio a intervenção. E o gol do 2 a 0.
O fato é que a arbitragem está interferindo, dentro e fora de campo, por meio do VAR, em muitos jogos, muitos resultados. Só que essa situação parece só ganhar maior notoriedade quando afeta os grandes diretamente. Afinal, a repercussão é muito maior.
Sendo assim, resta torcer para que o segundo turno do Brasileirão seja de menos protagonismo da arbitragem e mais dos atletas e dos times que estão em campo.