Roger Machado seguirá como comandante do Juventude. Essa é a minha percepção ao observar todo o incansável movimento do Inter para desestabilizar o ambiente antes do segundo duelo da terceira fase da Copa do Brasil.
E essa segurança não vem por conta de questões financeiras, até porque é óbvio que Roger ganharia mais em Porto Alegre, mas pela seriedade e idoneidade demonstradas pelo comandante em toda a sua trajetória. O treinador nunca foi daqueles de pular da barca no meio do caminho ou trocar de rota em busca de maior visibilidade. O Inter é um clube gigante, mas que garantia de estabilidade ele teria na mudança?
É, no mínimo, curioso que a disposição colorada para o negócio só tenha crescido após o "rodião" sofrido no Beira-Rio. Afinal, o bom desempenho coletivo do Juventude não é de agora. A queda de Eduardo Coudet era até esperada pelo baixo rendimento, e a direção do Inter não tinha um plano sequer? É realmente curioso.
A situação, que incluiu o movimento gerado na imprensa do foco colorado em Roger, também gerou um desconforto gigante nos dirigentes do Juventude. Vale lembrar, que o clube abriu as portas do Alfredo Jaconi quando o Colorado precisou, na Sul-Americana.
Falando do treinador, Roger Machado deixou claro após a partida no Beira-Rio a relação de confiança que tem com a direção alviverde, que bancou sua permanência no momento de maior instabilidade no Gauchão. Além disso, ele é parte fundamental na busca por reforços para a sequência da temporada.
O Juventude de Roger, que já se mostrou muito forte coletivamente até aqui, tende a crescer ainda mais com um elenco que tenha mais alternativas.
Sendo assim, independentemente do resultado de sábado, me surpreenderia muito ver o técnico voltando para a Capital, onde é tão identificado com o lado tricolor, para comandar o rival colorado.