A primeira impressão do Caxias de Luan Carlos foi positiva. Primeiro, pela coragem do treinador em testar logo na estreia uma formação bem diferente da que os jogadores estavam acostumados. E, segundo, pela resposta dada dentro de campo na vitória sobre o Juventus-SC. O 1 a 0 ficou barato para os catarinenses, especialmente pelo primeiro tempo, onde a equipe da casa foi muito superior.
A formação com três zagueiros precisará de ajustes, mas tem mais do que notícias do que correções. Erik e Rennan Siqueira foram os que mais sentiram dificuldades de adaptação. Com a qualidade de Thiago Sales na saída pelo lado esquerdo, a proteção efetiva de Amaral no meio-campo e um trio de intensa movimentação, com Diogo Sodré, Diego Mathias e Matheuzinho, o Caxias conseguiu criar boas oportunidades. Não foi tão efetivo quanto poderia, talvez até por algumas características do jogo.
As mudanças não se resumem apenas em questões táticas, mas em uma ideia de marcação por zona e um time que aposte em movimentações trabalhadas para trazer aproximação entre os atletas e brechas na defesa rival. O ponto que mais chamou a atenção negativamente foi a queda de rendimento a partir das mudanças, na segunda etapa. E aí é importante dizer que o treinador precisará muito das peças que estão por estrear, especialmente no ataque. Igor Goularte, Cristian e Giovane Gomez serão fundamentais para que o time consiga manter o mesmo ímpeto durante os 90 minutos.
É claro que o Juventus-SC também apresentou limitações e é apenas a primeira amostra, mas o Caxias de Luan Carlos deixou claro que tem potencial para crescer ainda mais. Com entrosamento e o próprio trabalho do técnico no dia a dia, as ideias devem fluir melhor. O torcedor, na maior parte do tempo, gostou do que viu. E foi em bom número ao Centenário, muito por conta da expectativa pelo fato novo. Deve ter saído com essa mesma impressão de que o Caxias da Série D é melhor do que o que fechou o Gauchão.