O resultado nem é tão preocupante quanto as circunstâncias que levaram até a goleada sofrida pelo Juventude na Arena Independência. O desempenho deixa lições importantes para a sequência do Brasileirão. Falhas defensivas, expulsão ainda no primeiro tempo e falta de efetividade ofensiva formam um conjunto de situações que evitam qualquer análise que traga pontos positivos.
A postura do Juventude em relação ao jogo de estreia não mudou. O time de Eduardo Baptista começou a partida marcando alto, com a iniciativa de ter a posse de bola e incomodar o adversário, mesmo fora de casa. Porém, um fator fundamental fez a diferença. A equipe alviverde errou demais. Tanto no aspecto individual quanto coletivo.
O pênalti cometido por Paulo Miranda, em um lance de precipitação, quando os visitantes eram melhor no confronto, serviu para o América abrir o placar e mudar o cenário do jogo. Logo depois, cobrança de escanteio e ninguém acompanhou Felipe Azevedo, que cabeceou livre, no ângulo, e ampliou.
Por mais que o Ju tivesse mais posse de bola e tentasse agredir o rival, faltava qualidade na criação. A situação piorou a partir da expulsão infantil de Paulinho Moccelin. Com 10 jogadores em campo, o principal objetivo passou a ser minimizar o prejuízo. Veio o terceiro gol, novamente em bola aérea, e a goleada parecia irreversível.
Quando Rômulo descontou, em bom cruzamento de Busanello, voltou a esperança de que o Ju poderia pelo menos descontar mais uma vez. Porém, com uma marcação distante, Pedrinho acertou um chutaço e decretou o 4 a 1.
Uma derrota dura e que deixa marcas para a sequência da Série A. Em um campeonato longo, muita coisa pode mudar no grupo alviverde. Eduardo Baptista mostrou que não irá alterar a sua ideia de jogo, mas para ela ser efetiva, os seus jogadores precisam estar mais comprometidos. Seja na marcação ou ao evitar erros individuais que comprometam o coletivo.