Não dá para tratar de outra forma. É vexatório o início do Juventude neste Gauchão. Mesmo com todas as circunstâncias já sabidas, com a curta pré-temporada e um novo elenco sendo formado, existe algo muito preocupante nesse começo de 2022. O time alviverde não conseguiu encontrar uma identidade. A derrota para o União-FW e a entrada no Z-2 é apenas um ponto desse cenário.
No Brasileirão, mesmo contra equipes mais fortes, o Juventude de Jair Ventura conseguia ter imposição. E isso não quer dizer necessariamente mais posse de bola ou finalizações. Trata-se de intensidade, de uma ideia de jogo mais encaixada, o que não conseguiu ainda ser visto com o grupo remodelado. Em um Estadual que tem características diferentes, principalmente nas partidas fora de casa, falta um entendimento ou um senso de adaptação de alguns jogadores.
A falha cometida por Paulo Miranda e o pênalti infantil de Moraes entram pra lista de situações que não podem ocorrer em um time de Série A. Além disso, a impressão que fica é de que faltam peças do meio pra frente, e, principalmente, muitos dos que chegaram ainda não deram a resposta. Falta atitude, transformar a posse de bola ineficaz em chances de gol. E quando elas aparecem, não dá para cometer erros juvenis, como ocorreu neste domingo com Vitor Gabriel e Moraes.
De novo, o Juventude adiou a sua primeira vitória. A pressão aumenta, não há tempo de recuperação e o time terá de encontrar, internamente, soluções para sair desse buraco.