São três jogos simbólicos. Recentes, dentro deste século, e que apresentam motivos ou lembranças para fazer o torcedor do Juventude continuar acreditando. A tarefa de permanecer na Série A nunca foi tida como fácil. E ficou mais complicada com os últimos resultados. Porém, é preciso se apegar em todos os detalhes para que a confiança, a fé e a mística jaconera prevaleçam diante do Corinthians, na quinta-feira (9).
O ano é 2001. Penúltima rodada do Brasileirão e o Juventude vivia um momento delicado. O rebaixamento batia a porta e só havia um resultado que garantia a salvação: a vitória sobre o Gama. A equipe do Distrito Federal saiu na frente e o jogo se encaminhava para um desfecho desfavorável. Em uma bola parada, aos 37 minutos do segundo tempo, Ranielli descontou. E, nos acréscimos, em um chutaço de fora da área, Marcos Sena, que depois brilharia na seleção espanhola, fez o gol da virada. A vaga na Série A estava garantida.
Um salto no tempo e chegamos a 2013. Era a terceira temporada do Juventude na Série D. Um caminho árduo no qual o time alvivede encontrou o Londrina nas oitavas de final. Após a derrota na ida, o placar de 1 a 1, em meados do segundo tempo, tornava a missão praticamente impossível. Mas aí apareceu a força jaconera. Zulu, com um gol de pênalti e outro no último lance da partida garantiram o 3 a 1, suficiente para levar a equipe ao duelo do acesso, contra o Metropolitano. O resto virou história e a caminhada de retomada para a elite.
Só que até chegar à Série A, ainda teve outro momento emblemático. E neste 2021. Era vencer o Figueirense ou praticamente dar adeus ao acesso para a elite. Naquele 22 de janeiro, os catarinenses abriram o placar em um gol irregular, aos 39 minutos do segundo tempo. O empate, veio da forma mais improvável possível. O goleiro Rodolfo errou saída do gol, foi encoberto e Bambam (lembram dele?) empurrou para as redes. Nos acréscimos, Rogério marcou de cabeça e garantiu uma virada épica, fundamental para a trajetória do Verdão.
O que esses confrontos têm em comum? Todos foram no Alfredo Jaconi. Mesmo que o último tenha sido sem público, a atmosfera do estádio, da casa alviverde tem sim algo especial. Nesta quinta-feira, novamente lotado, o Jaconi vai jogar com o time. E, quem sabe, no final da noite esteja sendo escrita mais uma dessas histórias que ficará marcada na memória dos torcedores.
É sempre importante lembrar o quão árduo foi o caminho para voltar à Série A. Então, não é momento para desacreditar.