Foi uma noite de tensão, emoção a flor da pele e uma justa celebração no final. Quase que ao mesmo tempo, a confirmação do segundo gol do Fortaleza e a ida do árbitro ao VAR no Alfredo Jaconi eram a concretização de um sonho. O gol de pênalti anotado por Chico serviu como a cereja no bolo, afinal sempre é melhor comemorar com uma vitória. E que baita vitória, a quarta seguida do Juventude nesta reta final da campeonato.
Diante de um Corinthians forte, mas sem tanto interesse, o Juventude foi competitivo. Brigou por cada bola como fosse um prato de comida. Quando vinha um sinal de cansaço, o grito da arquibancada explodia mais forte, e levantava o time. O gol poderia muito bem ter saído na primeira etapa, quando os resultados paralelos não ajudavam. Mas a bola, assim como em outros jogos do Brasileirão, teimou em não entrar. Era preciso o momento perfeito, a sinergia que faria o torcedor gritar de uma vez só: o Ju é Série A.
Veio o gol em Fortaleza e o gol no Alfredo Jaconi. Comemoração em dobro, que só não foi mais efusiva do que a que se viu com o apito final. Choro, abraço por todas as partes da arquibancada, invasão de campo e uma série de imagens que ficarão gravadas na memória do torcedor. O Juventude venceu a sua Copa do Mundo.
Com o menor investimento, com um elenco enxuto, mas extremamente dedicado e batalhador, o Ju estará mais uma vez na elite em 2022. Deixa pra trás gigantes como Grêmio, Vasco, Cruzeiro e outras equipes com poder financeiro superior, como os casos de Bahia e Sport. Construiu uma caminhada sólida e foi recompensado no final.
Méritos para o trabalho feito no Alfredo Jaconi, encabeçado por Walter Dal Zotto Jr. e Osvaldo Pioner, mas que tem uma centena de outros personagens importantes, dentro e fora de campo. Com os pés no chão e sem grande alarde, o Ju firmou seu pé no Brasileirão e poderá sonhar ainda mais alto na próxima temporada.