A entrevista do presidente Paulo Cesar Santos ao repórter Marcelo Rocha dá o tom da insatisfação da diretoria grená com o momento do Caxias. Em campo, o time não rende o que dele se espera. Fora das quatro linhas, o técnico Rafael Jaques foi muito mal ao não se vacinar. Acabou ficando ausente do comando da equipe após ser infectado pela covid-19. Em um momento delicado como esse, qualquer deslize pesa o dobro.
Mesmo que se saiba de todo processo de reconstrução do time, o Caxias, com semanas inteiras de treinamento, não pode se dar ao luxo de ter a classificação ameaçada. Mesmo com orçamento enxuto, investe mais, tem mais tradição do que grande parte dos rivais e, principalmente, tem jogadores de qualidade e que precisam ser cobrados por isso.
Perder para o Aimoré fora de casa, da forma como o jogo transcorreu, é quase inadmissível em uma Série D. O resultado por si só já traz uma pressão imensa para a comissão técnica e o grupo de atletas. O baixo desempenho longe de casa é apenas mais um atenuante desse momento crítico.
Para conseguir o tão almejado acesso, será preciso aliar evolução de desempenho com resultado. Porém, diante de todo esse cenário, saberá o Caxias, dentro e fora de campo, reagir?
Não adianta só cobrar o resultado. É preciso entender claramente porque o time ainda não decolou.