Depois de vencer três dos quatro jogos no Estadual, o que faltou para o Caxias ser campeão gaúcho em 2020? Talvez, uma dose de eficiência para transformar a superioridade da posse de bola em gols.
Em especial nas duas decisões, o time grená não teve um camisa 9 dominante. Gilmar, que era o titular da equipe, estava lesionado. E, por conta disso, Lacerda precisou alterar a formação e, na Arena, optou por Marcelo Campanholo como referência. Foi insuficiente.
Agora, neste reencontro, pode estar mais uma vez com o camisa 9 a grande esperança de colocar a equipe grená na decisão. Mesmo que Gustavo Ramos seja um destaque pelos dribles e pela velocidade demonstrada pelo lado esquerdo, é Giovane Gomez a grande referência do Caxias neste atual cenário.
É óbvio que ele não decidirá sozinho e um bom resultado diante do atual campeão gaúcho passa por uma atuação coletiva consistente de todo o conjunto. Porém, o centroavante dos gols difíceis (e quem sabe dos momentos mais complicados) é sim uma garantia de que, caso as oportunidades surjam, desta vez o camisa 9 estará lá para deixar a sua marca.
O desafio é gigante, especialmente pela qualidade defensiva do Grêmio, demonstrada também na final do ano passado. Não se sabe se Geromel estará em campo no Centenário, já que ele voltou a pouco de lesão, mas a possível presença do capitão tricolor é garantia de dificuldades ainda maiores para o ataque dos donos da casa.
De toda forma, Giovane, que perdeu um gol incrível em Pelotas e se redimiu minutos depois com uma linda cabeçada no canto, foi fundamental para a classificação do Caxias. E, ao se pensar em uma possível surpresa nesta semifinal que inicia no domingo, é difícil imaginar que o camisa 9 não seja parte fundamental desta história.