O projeto urbanístico bairro-cidade Parque Samuara deve ganhar mais um produto imobiliário com a incorporação da área do hotel. São seis hectares e 9,3 mil metros quadrados construídos somente do empreendimento hoteleiro. O projeto todo tem quase 400 hectares.
Conforme a Horn Administração e Participações Ltda, proprietária de ambos os empreendimentos, a ideia é usar o espaço do hotel como um projeto-piloto nichado dentro do master plan do bairro-cidade: uma propriedade de luxo e integrada à natureza, inspirado no balneário de José Ignacio, no Uruguai.
A proposta é criar no hotel aproximadamente 20 apartamentos de até 185 metros quadrados. Na parte inferior, serviços gastronômicos e um clube para os moradores.
— O objetivo e o foco principal são priorizar e sempre buscar agregar ao plano urbanístico. O Samuara é estratégico sob vários aspectos. É a fronteira de crescimento e de desenvolvimento sustentável da cidade, é um bairro-cidade que será o encontro de Caxias com Farroupilha. Um desafio animador que implica muita responsabilidade — comenta Maria Lucia Horn Sehbe, diretora da Horn.
Grupos interessados
Embora esteja prevista a incorporação do hotel, a família não descarta a venda da área específica do empreendimento. Há duas propostas de compra por grupos hoteleiros do Sudeste. A comercialização não impede que a área se some ao bairro-cidade.
Desde 2019, a gestão do hotel Samuara está sob responsabilidade da rede Sky. O grupo anunciou, em comunicado a clientes, que deixará de atuar em Caxias a partir do dia 20 de junho em função dos impactos econômicos causados pela chuva no Estado. O contrato era de cinco anos e venceria em agosto.
Em fase de licença
O projeto urbanístico já possui licença prévia, de acordo com a empresa Horn, e aguarda licença de instalação da Fepam para iniciar as obras. A previsão de lançamento oficial é no próximo semestre.
O bairro-cidade contempla a área do hotel, o lago artificial, a Estação de Tratamento e a área do Campus 8 da UCS. O master plan inicial é de 1961 e foi desenhado, na época, por Ubatuba de Farias com consultoria do renomado arquiteto e urbanista Lucio Costa.
O projeto foi adaptado às legislações vigentes e possui um total de 1,9 mil lotes que variam de 600 a 10 mil metros quadrados.