A safra do pinhão nos Campos de Cima da Serra deve ficar entre 10% e 20% maior neste ano em comparação com 2023. A estimativa é da Emater/RS-Ascar. A produção, assim como em anos anteriores, deverá apresentar variações entre os municípios. São Francisco de Paula deve colher 84 toneladas, o que representa um aumento de 20% em relação à safra do ano passado, que foi de 70 toneladas, mas ainda inferior à produção de referência, já que a cidade costuma ter uma produção de 120 toneladas.
A maior produção, neste ano, deverá ser em Muitos Capões. A colheita deve chegar a 110 toneladas, um aumento de 10% em relação a 2023. Já em Gramado e Canela, a estimativa é de uma redução de 15% a 30% na comparação com a safra passada.
Os motivos, segundo a Emater, são as condições climáticas no período de reprodução e desenvolvimento do pinhão, especialmente em função da estiagem que vem se repetindo nos últimos anos, e as chuvas excessivas no final do inverno e primavera. Além disso, tem o fator alternância de produção, que é uma característica da espécie.
Os maiores produtores, além de São Francisco de Paula e Muitos Capões, são Cambará do Sul, Bom Jesus e Esmeralda. Os cinco municípios devem colher 359 toneladas de pinhão nesta safra.
As variedades mais precoces já estão em fase de maturação e debulha e as mais tardias em desenvolvimento da semente. A colheita foi liberada no início do mês e segue até junho. O preço mínimo do quilo pago para o extrativista neste ano é de R$ 3,79.
A coluna entrou em contato com alguns mercados de Caxias do Sul e ainda não havia pinhão disponível para venda.