Muito além da vocação!

O advogado Luís Augusto Bertuol de Moura, natural de Bento Gonçalves, filho de La Hire Lemes de Moura e Luci Rosa Bertuol de Moura (in memoriam) que lhe deixaram uma herança em forma de conhecimento e valores perpetuados para sua família. Formado em Direito na PUC-RS, iniciou sua carreira em Porto Alegre, onde também graduou-se em Processo Civil e atuou nas áreas do Direito Civil, Administrativo, Societário e Tributário, sendo a última, área em que me especializei. O escritório Bertuol De Moura Advogados, ao longo de todos esses anos conquistou diversos espaços no meio jurídico, formou profissionais qualificados, estabeleceu uma equipe de advogados multifuncionais, e principalmente mantém uma relação de credibilidade e respeito. Casado com Cláudia Dagostin, com quem integra a Comissão Social da Festa Nacional da Uva 2022, Luís dedica boa parte de sua rotina aos filhos, Augusto, 15 anos, Vitória, 11, e Júlia, 27, que reside em Lyon, na França, e exerce sua profissão que tanto ama, designer de moda.

Qual sua melhor lembrança da infância? A época de frequentar o colégio, as brincadeiras de rua com os amigos e a casa onde residia. Os sentimentos eram de alegria e felicidade.

Se tivesse vindo ao mundo com uma legenda ou bula, o que conteria nela? Tudo está ao seu alcance, é só querer e agir.

Qual a passagem mais importante da tua biografia e que título teria se fosse publicada? A grande mudança ocorrida quando meu pai faleceu. O título seria, Passagens.

Se pudesse voltar à vida na pele de outra pessoa, quem seria? Do meu pai.

Defina seu trabalho em uma palavra: realização.

É possível definir objetivamente o que é ser um bom advogado? Sim, além de conhecimento jurídico deve sempre estar atento às necessidades dos clientes, brigar por elas e criar oportunidades positivas.

Como observa o Direito hoje? Ele já foi diferente do atual? O que mudou? O Direito é uma ciência e sempre permanecerá como tal; o que altera são os tempos, a sociedade, os costumes, as relações humanas e jurídicas. Assim, o Direito tem de se adaptar às condições que lhe são impostas.

Na sua visão, existe alguma premissa básica para o relacionamento advogado/cliente? Sem dúvidas, a credibilidade.

Como descreveria o Direito? Fundamental, não só na constituição de uma sociedade, mas principalmente na formação das relações pessoais.  

Nestes anos de profissão, houve algum momento crítico em que foi preciso superar barreiras? Na advocacia sempre estamos quebrando barreiras, em todos os sentidos; no entanto, o que me parece mais crítico atualmente são às decisões dos julgadores fundamentadas em razões políticas e não mais de direito, gerando insegurança jurídica, fazendo com que os profissionais da área percam o interesse e deixem de acreditar por aquilo que defendem e sustentam. 

Quais perspectivas vislumbra para os futuros profissionais da área? Uma dificuldade enorme, não somente pelas significativas mudanças da Terceira Revolução, mas pela baixa qualidade de formação das Instituições de Ensino. O profissional do Direito tem de se especializar, dominar a área que pensa em atuar, buscar sempre mais conhecimento, e praticar a todo momento o exercício da advocacia de forma plena; caso contrário suas chances serão mínimas em lograr êxito no atual mercado.

Quais os requisitos básicos para quem deseja entrar neste setor? Que conselhos daria a essas pessoas? Muita dedicação, esforço, busca especializada de conhecimento e aprender não só a técnica jurídica, mas a capacidade negocial, de identificar situações e ser parceiro de seu cliente, entregando-lhe sempre os melhores resultados.

Como considera que o Direito pode contribuir para a sociedade com a atual situação mundial? As relações jurídicas estão presentes em nossas vidas e irão sempre continuar enquanto existir a humanidade. O Direito talvez seja uma das maneiras de perpetrar uma civilização. Atualmente ele pode contribuir se todos os profissionais da área doassem um pouco do seu tempo e de seus conhecimentos jurídicos à população, àqueles que necessitam de amparo para se ter uma equivalência de forças na defesa de seus direitos.

Que lições tem tirado deste exercício? Para o exercício do Direito além da vocação necessária é preciso ter muita dedicação, envolvimento e tenacidade. A maior lição é que te faz forte a enfrentar qualquer situação. 

Quem foi, ou é, sua grande influência? Todos os melhores do que eu.

O que gostaria que todos soubessem: que vale a pena sempre lutar por aquilo que se busca.

O que gosta de fazer no tempo livre? De beber um bom vinho, fazer e comer uma boa carne, praticar meus esportes, viajar e estar com a família e amigos.

Traço marcante de sua personalidade? Coragem.

Gostaria de ter sabido antes... outros idiomas.

Uma qualidade: capacidade de mudar.

Um defeito: rir pouco.

Filme para assistir inúmeras vezes: Blade Runner - O Caçador de Andróides, dirigido pelo renomado Ridley Scott.

Não vivo sem: as melhores companhias.

A melhor invenção da humanidade? A energia elétrica.

Um hábito que não abre mão? Manter minha atividade física e mental.

Qual a palavra mais bonita da língua portuguesa? Esperança.

Reflexão de cabeceira? O que não tem solução, solucionado está.

Uma palavra-chave: paz.