O arquiteto Celestino Rossi, representante nas reuniões do Compahc (o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Caxias do Sul) da parte requerente da demolição do prédio do antigo Moinhos Corsetti, a Ranpi Participações Societárias, destaca que a única preservação possível para a estrutura é a da fachada na parte lateral, na Rua Garibaldi, justamente onde há a inscrição no topo da Aveia Soberana. O presidente do Compahc, João Uez, informa que a Ranpi aparece na matrícula do imóvel. O imóvel localiza-se na esquina das ruas Os Dezoito do Forte e Garibaldi, no centro de Caxias.
– Nós sugerimos que os integrantes do conselho fossem verificar o estado (do prédio). Não tem nada por dentro, a não ser pombas, assoalho e telhado em madeira. A parte da esquina (houve projeto para construção em 11 pavimentos, mas que não avançou, veja na foto) está fora de contexto. De valor histórico, a única coisa que se comunica com a cidade é a fachada – diz Rossi.
O arquiteto ressalta que o pedido que tramita no conselho da parte requerente é pela demolição total da edificação para construir um complexo comercial ou misto (com parte residencial) dentro dos padrões do Plano Diretor.
Rossi lembra que a edificação não é tombada pelo patrimônio histórico, isto é, pode ser demolida. Mas, como integra o perímetro do centro histórico, os proprietários encaminharam o pedido via Compahc.