A ocupação da Maesa foi assunto na sessão desta quinta-feira (9/3) da Câmara. As manifestações de cinco vereadores não abordaram o ponto principal de diferença entre as distintas propostas de gestão para o complexo histórico. Todas bateram na tecla da oportunidade para apresentação de sugestões por meio das audiências públicas.
– Evidente que, se tem sugestões, (elas) vão ser postas nessas audiências públicas, e o espaço está aberto para discussão. O que nós não podemos é ficar reféns de manifestações menores que queiram inviabilizar o projeto (da prefeitura) – desqualificou o líder do governo, Lucas Diel (PDT).
O tamanho da UAB
Ocorre que as entidades que adotam um entendimento diferente sobre a gestão da Maesa em relação à proposta da prefeitura são UAB e AMaesa. A UAB detém a legítima representação do movimento comunitário, dos moradores de bairros. É uma representatividade relevante, portanto, o que conflita com as “manifestações menores” mencionadas pelo vereador Lucas Diel. É surpreendente que seja necessário reforçar o peso da representatividade da UAB.
– Os vereadores estão pendendo (para a proposta da prefeitura). Até quem não se esperava – detecta Valdir Walter.
A 'diferença' para baixo do tapete
Nas manifestações dos vereadores na sessão desta quinta, fica claro que o projeto a ser levado adiante é o da prefeitura.
– Tem um projeto, com start (início) e deadline (prazo para decidir). Tem um modelo, e isso já foi amplamente divulgado. Não há mais chances de termos discussões que não sejam produtivas – disse o vereador Ricardo Zanchin (Novo).
Se essa é a ideia, que o modelo de gestão é o proposto pela prefeitura, e não há outra alternativa, isso tem de ficar claro. Se não é essa a ideia, o formato das discussões precisa ser ampliado. Jogar a diferença central para baixo do tapete não ajuda.