O vereador e deputado federal eleito Mauricio Marcon (Podemos), bolsonarista de carteirinha, compareceu às redes sociais para comentar a última live do então presidente Jair Bolsonaro, na sexta-feira (30/12), dia em que o ex-presidente voou para os Estados Unidos.
Marcon disse que Bolsonaro “logo, logo, vai estar de volta”, tratou a polarização como uma luta do “bem” contra o “mal” e reafirmou que seguirá na oposição trabalhando para que “daqui quatro anos ou antes a gente possa voltar ao poder”.
O que disse Marcon
"Muito abatido (Bolsonaro em sua última live), normal, perder para um ladrão não tem como não ficar abatido."
"O mundo não termina em 1º de janeiro. Temos um Congresso com pessoas honestas e decentes. Não é maioria. Mas tem gente decente."
"Tem muita gente que já se vendeu para o outro lado. As urnas um dia vão punir isso."
"Seguiremos na oposição trabalhando para que daqui quatro anos, ou antes, a gente possa voltar ao poder e colocar o Brasil de volta nos nos trilhos."
"Muita gente esperava uma medida fora das quatro linhas do presidente Bolsonaro. Ele mostrou que não é um antidemocrata."
"O Brasil inteiro vai sofrer durante os próximos quatro anos. É triste, mas não há mal que dure pra sempre. A gente vai trabalhar para que o bem volte o quanto antes."
"Bolsonaro muito abatido, mas é o nosso líder. Mas a gente tem de ter um líder na direita e não tem ninguém maior do que ele na direita, um cara que, depois de décadas, conseguiu colocar a direita no poder. Logo, logo, ele vai estar de volta."
Só pelo impeachment
Quando Marcon diz que trabalha para uma volta ao poder da direita "daqui quatro anos, ou antes", faz referência ao recurso do impeachment. Como se impeachment fosse algo simples, um impeachment a cada cinco anos. A outra alternativa é a ruptura.
Para haver um impeachment, em primeiro lugar, precisa povo na rua jogando contra quem está no poder. E se o presidente Jair Bolsonaro é um fenômeno de massas, com 58 milhões de votos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, viu-se domingo, também é, com 60 milhões de votos. Tarefa difícil.