Alguns problemas crônicos caxienses atravessaram o ano de 2023, outros vêm de antes disso. O quinto dia do ano é um bom momento para demarcar um propósito para toda a comunidade, para a representação política, segmentos, entidades, movimentos e instituições. Não é possível cogitar e admitir que esses problemas crônicos acompanharão os caxienses ao longo de todo 2023. Definir 2023 como ano para obter respostas significa ter os problemas resolvidos, o mais rapidamente possível.
Há dois exemplos importantes. Não é possível aos caxienses conviver mais um ano com lixo esparramado nas calçadas. Há várias causas que têm produzido esse cenário nas ruas nos últimos anos. Trata-se de realizar o debate que for necessário, com a representação técnica, social, ambiental, administrativa, política, comunitária, acadêmica, para encontrar saídas, obter respostas e operacionalizá-las. Como se resolve o problema do lixo que se esparrama pelas calçadas ao redor de contêineres? É uma questão multidisciplinar, ambiental, social, comunitária, econômica e de gestão. Vamos ao debate, às alternativas e à operacionalização.
O segundo exemplo é a situação das escolas estaduais em Caxias do Sul, especialmente as mais afetadas por problemas estruturais emergenciais, como o Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, a Alexandre Zattera e o Imigrante. O auditório do Cristóvão (foto), que espera por reforma há uma década, é símbolo. Não é possível cogitar ou tolerar que esses problemas estruturais não sejam atacados de imediato, de preferência antes do início das aulas. O governador Eduardo Leite (PSDB) tem apontado que seu segundo governo será dedicado a “arrumar a escola”. Porém, ele tem sido vago em apontar medidas e cronogramas. E não é possível imaginar que a comunidade escolar dessas escolas conviva com esse tipo de situação por mais um ano.
A comunidade caxiense deve se organizar em mutirão para obter respostas efetivas. Não é possível conviver mais um ano inteiro com problemas como esses.
O que não pode mais esperar
O leitor, a leitora podem sugerir à coluna outros problemas crônicos e críticos da cidade que não podem esperar e exigem respostas obrigatórias este ano. A coluna pretende elaborar uma pequena lista com as questões mais urgentes e acompanhar ao longo do ano para que respostas efetivas sejam oferecidas pelos governos, em parceria com a comunidade.