O não alinhamento com as alianças e orientações que partem das direções nacionais dos partidos em relação a apoios na corrida eleitoral não ocorre apenas à direita ou centro, mas também à esquerda. A coluna tem mostrado um desalinhamento, especialmente entre lideranças de PSDB e MDB, mas o PSB, por exemplo, está completamente desalinhado da aliança nacional entre os seus vereadores em Caxias do Sul. Nenhum deles confirmou apoio à chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem Geraldo Alckmin, justamente do PSB, como candidato a vice.
– Assim como muitos do meu partido, não sigo a orientação nacional. Estou analisando e assistindo aos debates – diz o vereador e presidente do PSB caxiense, Zé Dambrós, que também é candidato à Assembleia.
– No primeiro turno, votarei em um candidato que não seja da polarização Lula-Bolsonaro – diz o vereador Wagner Petrini, que é candidato à Câmara.
Petrini está indeciso:
– Entre Ciro (Gomes) e (Simone) Tebet. Vou acompanhar quem vai crescer mais – indica o critério a seguir.
Gilfredo De Camillis sempre foi o mais refratário dos três vereadores à ideia da aliança:
– Não sigo a orientação partidária. Tenho 72 anos e autonomia em poder decidir.
O desalinhamento evidencia uma dificuldade de penetração para o candidato Lula, inclusive entre lideranças partidárias. Até no PSB. Vai ficar restrito aos demais partidos da federação, o PCdoB e o PV, mais PSOL garantido, que complementa aliança.