A jornalista Juliana Bevilaqua colabora com o colunista Ciro Fabres, titular deste espaço
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara busca estar inserida também nas discussões sobre o Hospital Pompéia, assim como a Comissão de Saúde, e já tem encontro com a prefeitura para pedir a inclusão no grupo de trabalho que trata o tema: será no dia 6 de setembro. A primeira reunião do grupo é nesta sexta-feira (26).
Presidente da Comissão, o vereador Juliano Valim (PSD) diz que quer contribuir com a busca de alternativas para o fechamento da maternidade do Pompéia. Ele, inclusive, protocolou nesta quarta-feira (24) uma indicação ao município para que a administração inicie conversas com hospitais de Caxias para saber quais poderiam absorver a demanda da instituição. O documento é assinado pelos demais membros da comissão: Clóvis Xuxa (PTB), Estela Balardin (PT), Zé Dambros (PSB) e Renato Oliveira (PCdoB).
Valim conta que já sondou alguns hospitais da cidade que demonstraram interesse. Para o parlamentar, não importa quem irá prestar o serviço, desde que a população não fique desamparada. Já o colega de comissão, Zé Dambrós, defende que o Pompéia não feche a maternidade e que o poder público busque recursos para manter o setor em funcionamento.
Conforme a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde, a questão de quem irá absorver a demanda que não será mais atendida pelo Pompéia está sendo tratada em conjunto com o Estado, pois o Pompéia é uma referência de atendimento regional, não apenas para Caxias do Sul.
No início da semana, prefeitura e Pompéia entraram em acordo e não há mais prazo para fechamento da maternidade até que uma solução seja definida.
Espaço para o HG na Câmara
O diretor do Hospital Geral, Sandro Junqueira, deve ir à Câmara de Vereadores na próxima terça-feira (30) para falar da situação financeira da instituição. O pedido foi feito pelo vereador Rafael Bueno (PD), presidente da Comissão de Saúde do Legislativo, em ofício protocolado nesta quarta-feira.
O HG tem um déficit acumulado de R$ 6 milhões e busca com o poder público um aporte mensal de mais de R$ 3 milhões para garantir o pagamento das contas. Os recursos para manter as contas em dia com os fornecedores têm saída da Fundação Universidade de Caxias do Sul (Fucs), mas a preocupação é de que possam ocorrer atrasos nos pagamentos nos próximos meses.