A coluna registra um ato singelo de apoio e valorização da educação. Um casal de ex-presidentes da associação de moradores do bairro São Leopoldo doou para a Escola Estadual de Ensino Fundamental Maria Luiza Rosa, que fica no bairro, uma mesa de pingue-pongue. A doação foi feita em nome da associação de moradores. Parece pouco, mas é um ato de alcance comunitário, valorização da educação e apoio à escola. Que deve ser multiplicado.
No Natal passado, depois de mais uma enxurrada, a mesa de pingue-pongue existente foi danificada. Ela ficava no pavimento inferior da escola, que alagou e foi interditado. A mesa tinha uma função pedagógica, e para suprir outra carência. A escola não tem pátio coberto, então, quando chove, o recreio e as atividades de educação física precisam ser feitas dentro das salas. Aí a mesa de pingue-pongue tem sua importância, além de integrar os alunos.
— Agora nós vamos instalar ou dentro de uma sala, ou no pátio, onde há uma pequena estrutura de proteção, mas não defende da chuva — explica a diretora Andreza Lobe Signhori, que valorizou a iniciativa dos líderes comunitários.
Na foto, da esquerda para a direita, a professora Sabrina Nicoletti Beux, o menino Luis Miguel Beux, a diretora Andreza (de verde) e, do outro lado da mesa, a professora Ana Carla Ribeiro Adami, o presidente da Amob São Leopoldo, João Otávio Mendes, e o casal que doou a mesa, Karla e Vagner Marçal.
As dificuldades da rede pública
A Escola Maria Luiza Rosa tem pouco espaço para seus 196 alunos, distribuídos em nove turmas, uma para cada ano, do 1º ao 9º ano. Em enxurrada anterior, em 2013, o pavimento inferior já havia sido atingido. Depois do alagamento do ano passado, o espaço foi interditado. Nele, funcionavam biblioteca, cozinha, refeitório e uma sala maior, aproveitada como auditório. Esses espaços foram improvisados no único pavimento que restou.
Atualmente, a escola passa por reforma da rede elétrica, que a diretora considera “significativa”, mas o espaço é pequeno. É um exemplo das dificuldades e da busca de alternativas para suprir as carências da educação pública, especialmente a estadual.