Tempo sem graça, é uma ladainha bem ao gosto dos saudosistas incorrigíveis. Como eu, aliás. Sou um desses, de carteirinha. Mas cá entre nós, antes havia mais glamour em quase tudo – e mais coisas terríveis também, e é difícil conter a tentação das referências neste momento pré-eleitoral. Antes havia o trem, para ficar em um exemplo aleatório. Viajar de trem impunha um glamour. Havia os bailes, o carnaval de salão. Não era só glamour, havia a contundência das expressões, autênticas, demolidoras. A música é um atestado eloquente. Havia o rock, e o rock não era glamour, por certo, mas era expressão inconfundível. Rock ainda há, mas convenhamos... Eu sei, mais um escorregão saudosista. Havia o pagode do Raça Negra e há o pagode de hoje. Fiquemos por aqui.
Opinião
Ciro Fabres: os jingles de eleição
Nenhum tempo é melhor do que outro, do que o atual, apesar de tudo. Cada tempo com seu cada qual
Ciro Fabres
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