O Prêmio Exportação RS costuma ter várias empresas da Serra listadas pela forte atuação no mercado externo. Na 50ª edição da premiação, que será entregue amanhã, na Casa NTX em Porto Alegre, duas companhias da região vão ganhar a distinção especial de Exportador Ouro por vencerem cinco vezes seguidas. Elas atuam no ramo de alimentação e bebidas.
Uma delas é de Flores da Cunha. Desde que iniciou a produção de vinhos na década de 1970 na propriedade familiar, a Fante Bebidas pavimentou uma trajetória de expansão que a levou a ser uma das principais produtoras nacionais do setor. A empresa está presente em todas as regiões do Brasil, além de atuar em outros 12 países, principalmente da América Latina, mas também da América Central e do continente africano.
Com um portfólio constituído por mais de 150 itens, dentre vinhos, sucos, espumantes, destilados e coquetéis não alcoólicos, a Fante Bebidas produz 50 milhões de unidades a cada ano, das quais 5,6 milhões são destinadas ao mercado externo.
Entre os vinhos, o rótulo Quinta do Morgado é a principal marca de exportação da Fante atualmente. As exportações começaram na década de 1990.
– Começamos em ritmo devagar, timidamente até, mas com um trabalho persistente e bastante focados naquilo que queríamos como alvo. É um trabalho árduo, já que o mercado não está te esperando lá fora. É preciso ir até ele, desbravá-lo. Só que isso não se faz da noite para o dia – afirma Julio Fante, diretor-presidente da empresa.
A outra contemplada com o ouro é de Vacaria e exporta maçãs. É a Rasip, empresa que integra a RAR, idealizada por Raul Randon. O volume enviado para 14 países por ano é de oito mil toneladas, 20% da receita total. De acordo com o CEO da RAR, Sergio Martins Barbosa, o prêmio é fruto de um trabalho iniciado ainda na década de 1980:
– Para nós, sempre foi importante o mercado externo, está no DNA da família Randon. Foi um ensinamento do seu Raul, que o mercado é o mundo todo e que exportar é ter frequência. Por isso o prêmio vem coroar todo trabalho que é feito desde o pomar até a ponta. O Brasil, de importador de maçã, passou a ser exportador, e a Rasip foi pioneira nisso – destaca.