Com o conflito no leste europeu, aqui do outro lado do oceano Atlântico há preocupação em relação aos impactos econômicos que a guerra na Ucrânia já começa a desencadear no mundo. O preço do barril de petróleo superou os 100 dólares pela primeira vez em mais de sete anos, depois que o presidente russo, Vladimir Putin, invadiu o país vizinho. Com o início do conflito armado, economias do mundo todo temem uma outra guerra, a de sanções.
E para saber como estes movimentos podem refletir na economia local, a economista e professora caxiense Maria Carolina Gullo destaca que tudo vai depender dos acontecimentos dos próximos dias. Segundo a especialista, localmente o que mais pode influenciar é o aumento do preço do barril do petróleo. No entanto, neste momento, com a valorização do real e o dólar em baixa, a situação pode ajudar a equilibrar a conta e evitar novos reajustes de preços da Petrobras, o que impactaria no aumento do preço dos combustíveis. Ao mesmo tempo, dólar recuando não é favorável para as exportações de muitas empresas da Serra.
Pelo perfil econômico industrial da região, Gullo destaca que as sanções que a Rússia deve sofrer por conta da invasão da Ucrânia não devem provocar maiores transtornos, porque as principais exportações brasileiras para o país são de carne. É claro que a situação mudaria muito caso a China se envolvesse no conflito bélico, o que a economista acredita ser pouco provável até pela dependência econômica que países do mundo todo têm hoje em relação ao gigante asiático.