Com a falência decretada há dois anos, a indústria farmacêutica Basa, de Caxias do Sul, teve sua massa falida arrematada em leilão há pouco mais de um mês. De uma avaliação de R$ 17,7 milhões, os bens da fabricante de soros fisiológicos foram arrematados por R$ 8,8 milhões. A intenção dos empresários que fizeram a melhor oferta é promover mais investimentos para reativar a fábrica e gerar novos empregos.
Foi uma empresa com os mesmos acionistas da Medilar, importadora e exportadora de produtos médico-hospitalares, que ficou com a Basa. Em 2019, a empresa de Vera Cruz chegou a fazer uma proposta de arrendamento da indústria caxiense, mas ela foi rejeitada por parte dos credores.
Segundo Gerson Luedke, representante da empresa arrematante, o objetivo inicial é habilitar a fábrica arrematada em leilão junto aos órgãos regulatórios e sanitários. Este é o primeiro passo para a retomada da fabricação de soros fisiológicos, que era a atividade principal da Basa. Sobre a previsão de retomada, o diretor diz que é difícil arriscar qualquer data:
— Antes do processo de habilitação da fábrica, não é possível fazer essa previsão, uma vez que depende do grau tecnológico que será possível empregar na fabricação. Mas acredito que, em seu funcionamento pleno, ela poderá ter mais de 200 empregados — estima Luedke.
A previsão inicial dos empresários é investir, aproximadamente, R$ 15 milhões nesse momento de retomada.