A situação da dengue em Tenente Portela, no noroeste do RS, foi tema de uma série de agendas de representantes do município no Ministério da Saúde, em Brasília, nesta quarta-feira (21). Um dos objetivos foi pedir ao governo federal que a cidade fosse incluída na lista dos primeiros locais a receber a vacina contra a doença.
Tenente Portela registra três das seis mortes registradas no Estado em decorrência da dengue em 2024. Além disso, o município também conta com 1.256 casos confirmados e 157 ainda em investigação.
O prefeito Rosemar Antonio Sala (PSDB) esteve acompanhado de outras lideranças regionais e da bancada federal em audiência com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Leonor.
O prefeito explicou que todos os protocolos para distribuição de vacinas e imunização foram amplamente discutidos durante o encontro. Segundo ele, contudo, neste primeiro momento é impossível alterar esses protocolos e, por isso, o município não deverá receber doses do imunizante.
— Tem pouca vacina, só será possível imunizar 3 milhões de brasileiros em um período de oito meses, praticamente até o final do ano. Os locais que receberão as doses foram definidos através de um estudo que mostrou, nos últimos 10 anos, quais as cidades e regiões que mais tiveram infestação de dengue — disse.
De acordo com o prefeito, ficou acordado o compromisso de o município ser incluído em uma lista prioritária para que no futuro consiga receber doses da vacina.
— Todos os imunizantes existentes no mercado foram adquiridos pelo governo federal, que também terá que organizar a segunda dose. Então, nós não teremos vacina tão logo. Por outro lado, o governo também já iniciou as tratativas com a Anvisa e o Instituto Butantan para que a vacina em estudo seja agilizada — explicou Sala.
Ficou definido que o Ministério da Saúde irá encaminhar recursos para o município, para a compra de repelentes, que já está sendo feita. Além disso, uma comitiva deverá visitar a cidade, e a União também se comprometeu em buscar mais vacinas em outros laboratórios.