A confirmação de um caso importado de sarampo no RS na última quinta-feira (25) chamou a atenção para os índices de imunização com a vacina tríplice viral. Em Passo Fundo, 60% das crianças de 12 a 15 meses, público-alvo do imunizante, completaram o esquema de duas doses.
O percentual fica abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde, de vacinar 95% da população. Entre janeiro e outubro de 2023, a meta para a primeira dose foi atingida em Passo Fundo, com 98,48%. No entanto, somente 60,67% das famílias buscaram a segunda imunização.
— O sarampo é uma doença grave que pode deixar sequelas por toda a vida ou causar o óbito. A vacina é a única maneira de evitar que isso aconteça. Por isso a gente reforça a importância dos pais procurarem as unidades de saúde — pontua a secretária municipal de Saúde, Cristine Pilati.
Os principais sintomas da doença são febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, coriza e mal-estar intenso. Em torno de três a cinco dias, podem aparecer outros sinais e sintomas, como manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que se espalham pelo corpo. Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade.
A vacina tríplice previne o sarampo, caxumba e rubéola. Além das duas doses para crianças, o esquema vacinal completo consiste em duas doses até 29 anos e uma dose para adultos de 30 a 59 anos.
Onde se vacinar
Todas as unidades de saúde de Passo Fundo disponibilizam a vacina. Os pais precisam levar carteirinha de vacinação da criança. Confira os horários de funcionamento:
- Central de Vacinas: de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h
- ESF e UBS: de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30 e das 13h às 16h30
- Cais: de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e no sábado, das 8h às 11h
- Cais Petrópolis: de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h30, e nos sábados e domingos, das 8h às 20h
Caso confirmado
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou, na tarde da última quinta-feira (25), um caso importado de sarampo no Rio Grande do Sul. O paciente é um menino de três anos procedente do Paquistão, no sul do continente asiático, que chegou ao município de Rio Grande em 27 de dezembro sem ter sido vacinado.
A partir da suspeita, a Secretaria Estadual da Saúde determinou o bloqueio vacinal seletivo nos familiares, vizinhos e profissionais da saúde. Conforme o órgão, a criança está bem e seus familiares não apresentaram sintomas, mas seguem em monitoramento.