O surto de dengue segue em elevação em Passo Fundo, com 431 casos confirmados da doença. Na última atualização do Painel de Casos de Dengue, em 28 de abril, feita pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), eram 342 casos registrados. O aumento de 25,7% nos números reflete uma situação de endemia que atinge todo o território gaúcho.
No município, a infestação do mosquito aconteceu em 2013. Dez anos depois, a presença do vetor cresceu progressivamente, de acordo com a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental, Ivânia Silvestrin:
— Em março daquele ano, foram encontradas larvas de Aedes em um raio de 300 metros. Nós observamos que as notificações chegam tardiamente à Vigilância, e precisamos saber logo, para iniciarmos o controle rapidamente.
Na última quarta-feira (3), a Frente Parlamentar Mista da Saúde Pública esteve reunida com o secretário de Saúde, João Pedro Nunes, na Câmara de Vereadores. Na reunião, Nunes informou que na próxima segunda-feira (8) um carro fumacê da Secretaria de Saúde do Estado estará em Passo Fundo, pulverizando o bairro Vila Luiza e adjacentes, a partir das 16h.
O bairro é o que registra o maior número de casos confirmados de dengue no município. O veículo pulveriza uma nuvem de fumaça com baixas quantidades de agrotóxico, com o objetivo de eliminar o mosquito.
Ainda, será formalizada uma indicação ao Executivo para transformar um dos Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais) em centro de referência municipal da dengue. De acordo com o presidente da comissão, vereador Nharam Carvalho, a medida poderia ajudar a desafogar as filas dos hospitais de Passo Fundo, que estão sobrecarregados.
Outros encaminhamentos
No encontro, ficou definido que será debatida entre os parlamentares a destinação de valor das Emendas Impositivas individuais para medidas de combate à dengue. No entanto, essa designação de recursos só poderá ser efetivada a partir do próximo ano, uma vez que depende de inclusão na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O objetivo é que os valores sejam empenhados na compra de equipamentos para dedetização, já que o município conta com apenas dois: um manual e outro para o carro fumacê. A aquisição desses materiais é de responsabilidade do Estado.