Entre a noite desta quarta (9) e a madrugada de quinta-feira (10) parte do Estado da Flórida, nos Estados Unidos, será atingida pelo Furacão Milton. O fenômeno de categoria 3, com rajadas sustentadas de vento de 195 km/h, preocupa quem vive na região.
Uma família de passo-fundenses que mora em Orlando há seis anos enfrenta momentos de tensão conforme a tempestade se aproxima da costa.
Embora Gilmar Barros de Oliveira, a esposa Liane de Oliveira e as filhas Antônia e Chloe vivam a cerca de 130 quilômetros de distância de Tampa, região que o furacão deve atingir com mais força, a família de passo-fundenses que mora em Orlando há seis anos enfrenta momentos de tensão conforme a tempestade se aproxima da costa.
À RBS TV, o casal relatou que Milton não será o primeiro furacão que presenciarão. No entanto, nenhum foi tão ameaçador quanto Milton. A tempestade foi rebaixada para a categoria 3, mas ainda tem grande potencial de destruição.
— Hoje à tarde já não podíamos mais sair na rua. Eles [as autoridades] tomam todas as precauções. Quem teve que evacuar em Orlando é quem mora em motorhome. Esses não podem ficar e já foram evacuados. Eles também dão a direção de abrigos para você que não tem proteção — conta Gilmar.
A residência onde vivem, construída recentemente, tem mais resistência às intempéries na região, que é conhecida pelos furacões. Isso deu segurança aos passo-fundenses.
— Ficamos fazendo as coisas, mas mais tranquilos. Minha casa tem muitas janelas, mas não botei tampão nem nada. Enquanto isso, os americanos compraram madeira no mercado, taparam as janelas, colocaram sacos de areia nas portas... Aí a gente fica meio assim, né? Será que deveria ter feito também? — questiona-se Gilmar, que trabalha na construção civil.
À espera da tempestade
A população da Flórida foi orientada a ficar dentro de casa. Por isso, todas as precauções em relação a mantimentos foram tomadas.
Imagens feitas pela família na tarde desta quarta-feira (9) mostram rodovias e estabelecimentos comerciais fechados (assista acima). Os que permaneceram abertos estão praticamente vazios — tanto de clientes quanto de produtos.
— Estocamos comida e bebida. Geralmente quando [a tempestade] está vindo, eles desligam a energia e todos ficam sem água e sem luz — disse.
Mesmo assim, eles tranquilizam os familiares que permanecem no Brasil.
— Estamos bem abrigados e todos seguros. As casas são preparadas para isso. Na região de Orlando está todo mundo bem e protegido — pontuou o passo-fundense.