
O padre jesuíta Lino Stahl morreu nesta quinta-feira (13), aos 101 anos, no Instituto São José, em São Leopoldo, no Vale do Sinos. O sacerdote era uma referência na comunidade católica nipo-brasileira de Londrina, no Paraná.
Após viver por anos no Japão, assumiu a liderança da comunidade nipo-brasileira de Londrina em 1982. Sete anos depois, foi nomeado o primeiro pároco da Paróquia Pessoal Nipo-brasileira Imaculada Conceição, cargo que exerceu por décadas.
"A Arquidiocese de Londrina se une à Paróquia Pessoal Nipo-brasileira Imaculada Conceição em solidariedade pelo falecimento do padre Lino Stahl, S.J. Padre Lino, que faleceu aos 101 anos, dedicou 40 anos da sua vida ao trabalho com japoneses católicos de Londrina", disse a Arquidiocese de Londrina em publicação nas redes sociais.
Legado
Nascido em 1º de abril de 1923, na Linha Imperial, em Nova Petrópolis, padre Lino foi ordenado ao sacerdócio em 1956. Como missionário, visitou diversos países, desde o Japão pós-Segunda Guerra Mundial até os Estados Unidos.
Foi no país nipônico que testemunhou diversas histórias que o marcariam e, principalmente, o aproximariam da cultura japonesa. Trabalhou durante 20 anos no país asiático.
Além da atuação religiosa, padre Lino teve forte impacto na área educacional. Fundou o Centro de Educação Infantil Irmãs de Betânia, localizado no Jardim Nossa Senhora da Paz, na zona oeste de Londrina, e dedicou-se à manutenção do projeto ao longo dos anos.
Em 2023, ao completar 100 anos, lançou o livro Em tudo amar e servir, título inspirado no lema dos Jesuítas. A obra narra sua trajetória na missão que guiou a sua vida.
Nos últimos anos, vivia no Instituto São José, residência para jesuítas idosos e enfermos, em São Leopoldo.