Um atendimento especializado que garante inclusão e espaço de formação para crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista em Passo Fundo. Este é o trabalho da Escola Olga Caetano Dias há quase duas décadas, que atende os estudantes com atividades individualizadas que complementam o ensino regular.
No momento são 126 alunos, entre crianças e adolescentes, atendidos pela instituição. Quem acompanha de perto o desenvolvimento dos estudantes percebe a evolução. Elisangela Corrêa, mãe do estudante George Lucas Correa de Mattos, de 11 anos, conta que o filho divide a rotina de estudos entre a escola regular e a Olga Caetano Dias, a qual frequenta duas vezes na semana. O atendimento especializado dá suporte e trabalha o desenvolvimento e a socialização.
— Os anos vão passando e cada vez mais notamos a diferença dele. Vemos que ele está se transformando em uma criança mais comunicativa, mais amorosa e mais interessada em saber — relata a mãe.
As metodologias utilizadas nas aulas são pensadas exclusivamente conforme a necessidade de cada estudante. Em algumas atividades eles chegam a ser reunidos em grupos de até cinco alunos, como explica a professora de educação física e psicomotricidade, Ionete Lúcia Lorini:
— Nos grupos reunimos aqueles que tem semelhanças entre si. Pois cada aula é pensada de forma particular e individualizada. Quando temos um grupo maior, é porque as crianças têm habilidades mais próximas e conseguem trabalhar em grupo. Caso contrário, fazemos atendimento individualizado.
A escola, que começou seu trabalho com um grupo há cerca de 10 anos em espaço alugado, atualmente funciona com sede própria, inaugurada em outubro de 2022. As turmas de até seis alunos garantem um acompanhamento individual, com atividades pensadas para cada estudante, sem esquecer do ensino básico, de alfabetização, letramento e matemática.
— O objetivo da Olga é desenvolver na criança a sua maior necessidade, para que efetivamente ela esteja incluída no ensino regular. Se o problema é comportamental, trabalhamos o comportamento, se a demanda é sensorial, daremos ênfase a isso. Temos um método pensando para cada um dos nossos 126 estudantes — salienta a diretora Fabiane Placedino.